O país que deverá ter o maior crescimento econômico na América do Sul este ano quer que o Brasil facilite a entrada de seus itens de exportação e que reduza restrições não-tarifárias. O Peru crescerá entre 1,5% e 2% este ano, segundo o governo, e cerca de 5% no ano que vem, voltando ao ritmo dos últimos anos. Confecções, minérios e frutas são alguns dos produtos mais importantes da economia peruana.
Ontem (08/10), o ministro do Comércio Exterior e Turismo do Peru, Martin Perez, reuniu-se com o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, para falar das relações comerciais e dos projetos de integração viária.
Antes do encontro, Perez disse ao Valor que embora o Brasil adote tarifa de importação de 0% para um grande número de produtos peruanos, exportadores de seu país têm enfrentado dificuldades na hora de entrar no mercado brasileiro. “Há pedidos de autorização sanitária, por exemplo, para exportarmos cimento para o Brasil”, disse. Exportadores de cebola levaram cinco anos, segundo ele, para conseguirem que seu produto fosse autorizado no Brasil.
O comércio bilateral é de cerca de US$ 3 bilhões – dos quais US$ 2,2 bilhões equivalem às exportações brasileiras.