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Insumos

Fertilizantes Petrobrás?

<p>Estatal estuda planos para fábrica de fertilizantes nitrogenados no Brasil. Localização respeitará proximidade com a oferta de gás natural.</p>

O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou nesta quarta-feira (07/10) que a empresa deve anunciar até dezembro os planos para a construção de uma nova fábrica de fertilizantes nitrogenados no País. Segundo ele, o objetivo é produzir 1 milhão de toneladas por ano, praticamente duplicando a capacidade de produção da estatal – a empresa tem hoje duas fábricas de fertilizantes. Costa disse que os detalhes sobre cronograma, valor do investimento e localização da nova unidade ainda estão sendo definidos. “Esperamos concluir este trabalho até dezembro”, afirmou. A localização, segundo ele, vai respeitar critérios de proximidade com a oferta de gás natural e estrutura logística para levar o produto até os mercados consumidores.

Segundo Costa, a empresa trabalha ainda no desenvolvimento de uma tecnologia para usar rejeitos de xisto betuminoso para a produção de “um catalisador para a agroindústria”. O novo produto pode reduzir em até 40% a necessidade de uso de adubo nas plantações e será desenvolvido em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Instituto Agrícola do Paraná. “Isso reduz bastante a nossa dependência de importação de fertilizantes”, concluiu.

Sondas

O diretor da Área de Serviços da Petrobras, Renato Duque, disse nesta quarta-feira que a Petrobras vai lançar na próxima semana a licitação para a construção das 28 sondas de perfuração em águas profundas no Brasil. O mercado estima um valor médio de US$ 700 milhões para cada uma, mas a Petrobras evita falar em números para não prejudicar o processo. A licitação será dividida em três pacotes e prevê que a Petrobras seja a proprietária e operadora de oito das 28 sondas. As demais serão afretadas.

“A diferença deste afretamento para os que a estatal fazia até hoje é que todas estas novas sondas serão construídas no Brasil. Vamos exigir conteúdo nacional de equipamentos que eram 100% importados”, disse Duque, em café da manhã promovido pela Petrobras com a imprensa, em comemoração pelo aniversário de 56 anos da companhia.

Duque detalhou que os três pacotes serão divididos de maneira diferenciada. O primeiro deles será para a construção de sete plataformas de perfuração do tipo DTs, com capacidade superior a três mil metros de profundidade. A plataforma será a proprietária e operadora destas unidades, que deverão ser construídas por um único estaleiro. “A ideia de oferecer sete de uma vez visa dar escala para possibilitar a instalação de um novo estaleiro no País”, disse. O prazo para entrega da primeira unidade é de 48 meses após a licitação. A previsão é de que as propostas sejam entregues em quatro meses e meio.

O segundo pacote prevê a construção de apenas duas unidades, que podem ser do tipo DTs, monocoluna, semi submersível ou qualquer outra. A diferença é que ambas tem prazo de entrega de 40 meses e devem ser construídas por estaleiros diferentes também no Brasil. A Petrobras será proprietária de apenas uma delas. Já o terceiro pacote não tem volume definido de unidades a serem ofertadas. “Podemos chegar a até 19, mas dependerá da resposta do mercado”, disse o diretor. Estas sondas serão todas afretadas e cada operador poderá fazer oferta para apenas quatro unidades. O prazo de entrega é de 48 meses para as primeiras licitadas.

O diretor ainda comentou que haverá escalonamento para adoção do conteúdo nacional. No pacote de sete sondas, por exemplo, a primeira e segunda terão uma exigência de 25%, nas seguintes, 40% e nas duas últimas, 50%, porcentual que será exigido nas demais.