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Economia

PIB tem retração zero

<p>Previsão do mercado para o PIB de 2009 melhorou e passou para zero. Desde 30 de março deste ano que o mercado projeta queda do PIB.</p>

Após quase seis meses projetando queda do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, o mercado financeiro passou a prever, na última semana, um crescimento zero para o ano de 2009, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (21/09) pelo Banco Central, por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O levantamento é fruto de pesquisa com o mercado financeiro.

Na semana retrasada, o mercado acreditava em uma retração de 0,15% para a economia brasileira em 2009, valor que recuou para zero (sem retração, mas também sem crescimento) na última semana, em levantamento que foi divulgado pelo BC hoje (21/09). No fim de maio, o mercado chegou a prever uma contração de 0,73% para o PIB de 2009.

Desde 30 de março deste ano que os economistas do mercado, ouvidos semanalmente pelo BC, vêm projetando recuo do PIB em 2009. A última queda do PIB brasileiro aconteceu em 1992, quando houve uma contração de 0,54%, de acordo com a série histórica do IBGE. Para 2010, a previsão do mercado para a elevação do PIB subiu de 4% para 4,20%, informou o BC nesta segunda-feira.

O anúncio da revisão das expectativas do mercado acontece 10 dias depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter informado que o PIB do segundo trimestre deste ano cresceu 1,9% na comparação com os três primeiros meses de 2009, o que tirou a economia brasileira da chamada “recessão técnica.

Inflação – Segundo a pesquisa feita pelo BC com os economistas do mercado financeiro, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 4,30% para 4,31%. Para 2010, porém, a expectativa do mercado para o IPCA caiu de 4,35% para 4,30% na semana passada.

Juros – No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC calibra a taxa básica de juros para atingir metas pré-determinadas. Para 2009, 2010 e 2011, a meta central é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,50% e 6,50% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Segundo o relatório focus divulgado nesta segunda-feira (21), o mercado financeiro continua acreditando que a taxa básica de juros permanecerá em 875% ao ano, pelo menos, até o fim de 2009. Os analistas acreditam, entretanto, que os juros serão elevados para 9,25% ao ano até o final de 2010, ou seja, um aumento de 0,5 ponto percentual.

Taxa de câmbio – Na semana passada, dado que foi informado nesta segunda-feira (21), a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2009 recuou de R$ 1,81 para R$ 1,80 por dólar. Para o fim de 2010, a previsão caiu de R$ 1,85 para R$ 1,80 por dólar.

Balança comercial e investimentos diretos – Na semana passada, a projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2009 permaneceu estável em US$ 25 bilhões.

Em 2008, a balança comercial teve superávit de US$ 24,7 bilhões, com forte queda de 38,2% frente ao ano de 2007, quando o resultado positivo somou US$ 40 bilhões. Para 2010, a previsão do mercado financeiro para o saldo da balança comercial ficou inalterada em US$ 18 bilhões de resultado positivo.

No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado financeiro para o ingresso de 2009 ficou estável em US$ 25 bilhões na última semana. Para 2010, a projeção de entrada de investimentos no Brasil permaneceu em US$ 30 bilhões.