“Saímos da crise com a cabeça erguida, não destroçada como no passado” , reiterou há pouco o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele fez um balanço da crise financeira internacional, hoje, quando se completa um ano da quebra do banco americano de investimentos Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008.
Mantega faz exposição em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES, mais conhecido como Conselhão) convocada para um balanço da evolução dos efeitos da crise na economia brasileira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou um pouco atrasado, mas ainda a tempo de ouvir um pouco do relato de Mantega.
O ministro voltou a afirmar o bom desempenho do país, agradeceu a vários setores do governo e, em especial, a Lula, por ter “pedido ousadia e rapidez” nas medidas anticrise.
Reafirmando que o Brasil “sai mais forte” da crise que a maioria dos países, ele ressaltou a maior capacidade de recuperação da economia brasileira do que em crises no passado.
“Adquirimos capacidade de fazer políticas anticíclicas, de fazer estímulos à economia” , disse Mantega citando as causas da boa performance de agora.
“No passado, quando terminava o ciclo de crescimento, tínhamos que pagar a conta” , afirmou o ministro. “Agora, temos um ciclo onde a economia cresce equilibrada, sem inflação, sem produzir dívida externa, gerando emprego por estimular a agricultura familiar e a construção civil, por exemplo, polos de grande geração de emprego” , continuou.
Mantega citou ainda como exemplo do “sucesso ” brasileiro, as transferências de renda por políticas sociais do governo, como aumento do salário mínimo. “Portanto, termina o ciclo e estamos prontos para voltar a crescer” , continuou ele.