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O mito do hormônio

<p>Pesquisa realizada pelo CTC/Ital/Apta revela que o consumidor brasileiro ainda associa a produção de frangos ao uso de hormônios.</p>

O brasileiro considera a carne de frango um alimento barato, mas que pode trazer riscos para sua saúde. No imaginário do consumidor, a produção de carne de frango ainda está ligada ao uso de hormônios.

Esse é, em síntese, o resultado de uma pesquisa realizada pelo Centro de Tecnologia da Carne do Instituto de Tecnologia de Alimentos (CTC/Ital) para avaliar a percepção do consumidor brasileiro sobre a qualidade e segurança da carne de frango e pescado. “Durante a pesquisa, os entrevistados mostraram-se bastante preocupados com os riscos químicos e microbiológicos que o consumo da carne de frango pode trazer”, diz Juliana Cunha de Andrade, engenheira de alimentos e pesquisadora do CTC/Ital/Apta.

“Sua produção [de carne de frango] ainda está muito associada à utilização de hormônios. Eles [os entrevistados] desconhecem os avanços genéticos e de nutrição pelos quais a avicultura passou nas últimas décadas. Geralmente a dúvida é como é possível produzir um frango em tão pouco tempo”, explica Juliana.

Segundo a pesquisadora, os entrevistados também mostraram-se preocupados com os riscos microbiológicos gerados pelo consumo de produtos avícolas, mas num grau bem menor.

Entre os contaminantes, a salmonela foi a mais citada. “Os contaminantes microbiológicos foram considerados de baixo risco. O consumidor se sente menos vulnerável, pois é ele quem vai preparar o alimento em casa”, explica.

Juliana faz questão de ressaltar que a pesquisa reflete a opinião dos entrevistados, mas considera que seu resultado é especialmente importante para a indústria avícola. “Sobretudo para reverter essa percepção errônea que o consumidor ainda tem em relação à carne de frango”.

Sigmachain – A pesquisa realizada pelo CTC/Ital/Apta faz parte de um trabalho maior, desenvolvido com 11 parceiros da União Europeia e Noruega, chamado Sigmachain. 

Coordenado pela University College Dublin, da Irlanda, o projeto tem como objetivo principal avaliar as vulnerabilidades de algumas cadeias produtivas (água, leite, frango, salmão) para então desenvolver metodologias para otimizar a rastreabilidade em cada uma delas.

Para avaliar a percepção do consumidor brasileiro sobre a qualidade e segurança da carne de frango e pescado os pesquisadores do CTC/Ital/Apta utilizaram a metodologia focus group. Foram realizadas três sessões, duas em Campinas (SP) e outra no Rio de Janeiro, num total de 29 pessoas participantes.

Saiba mais sobre o Sigmachain