Evitar que as adversidades do clima atinjam lavouras é objetivo do zoneamento agrícola de risco climático, desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). São estudos destinados aos agricultores que indicam a melhor época de plantio em cada município, relacionada ao ciclo dos cultivares e ao tipo de solo, de acordo com a capacidade de retenção. As orientações são publicadas em portarias no Diário Oficial da União.
Segundo o coordenador-geral de zoneamento agropecuário, Gustavo Bracale, o trabalho considera séries agroclimáticas históricas de, no mínimo, vinte anos de dados coletados diariamente, e análises para diminuir as chances das adversidades climáticas coincidirem com a fase mais sensível das culturas. Também são listadas todas as cultivares adaptadas para cada região. A agricultura é uma atividade de alto risco. E o zoneamento é uma ferramenta para tentar minimizar os riscos do produtor”, explica.
Culturas – O zoneamento agrícola de risco climático foi estabelecido como política pública em 1996, para o plantio de trigo no Paraná. Atualmente, já estão contemplados com o estudo o arroz, amendoim, canola, cevada, feijão, feijão caupi, girassol, mandioca, milho, soja, sorgo e trigo. As culturas de ciclo permanente agrupam ameixa, banana, café, caju, coco, dendê, maçã, mamona, nectarina, pera, pêssego e uva.
Para a safra 2009/2010, o Mapa aumentará de 25 para 39 o número de culturas em quase todos os estados. Serão incluídas abacaxi, cacau, cana-de-açúcar, eucalipto, mamão, maracujá, milheto, pinus, consórcio algodão com feijão caupi, consórcio café com feijão, café com milho, milho com braquiária e consórcio soja com braquiária. Além de culturas regionais, o governo dá prioridade a novas culturas com potencial para a produção de biocombustíveis e de interesse regional.