Falta menos de um mês para o início da chegada dos primeiros animais para a Expointer, em Esteio (RS), que ocorre de 30 de agosto a 6 de setembro. Mas a feira agropecuária, uma das maiores do país, corre o risco de não ter exemplares de suínos este ano. A recomendação é da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) que teme uma contaminação dos animais pelo vírus da nova gripe. Um pedido que, por enquanto, os produtores gaúchos não pensam em atender.
O suinocultor Ilanio Johner já preparou os animais para a Expointer deste ano. O número vai ser o mesmo das últimas edições: 35 suínos. Ele diz que nenhum produtor pretende desistir da exposição e não acredita em riscos de contaminação pelo vírus da gripe.
“Temos certeza que, se a Expointer acontecer sem suínos, a imprensa, de um modo geral, vai se obrigar a dizer que de fato nós estamos admitindo que temos problemas com a gripe A no Estado, o que na verdade, não está acontecendo. Nós não temos nenhum caso onde o suíno foi infectado e se tivéssemos algum receio teria que ser da seguinte forma: nós, suinocultores, termos medo que o vírus seja transmitido aos nossos suínos. Mas, como são animais fortemente preparados, animais com alta resistência, nós não vemos nenhum risco em colocar esses animais para visitação pública em Esteio”, explica o produtor.
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Os criadores de suínos do Estado ainda devem se reunir com representantes do Ministério da Agricultura no dia 15 de agosto para avaliar a situação.
Pelo menos uma decisão já é definitiva. Os suinocultores acertaram que não vão levar leitões recém nascidos para a Expointer. Por atraírem a atenção, principalmente das crianças, eles correriam mais risco por causa da aglomeração nos pavilhões.
A superintendência regional do Ministério da Agricultura segue a recomendação da Abipecs.
“Nós estamos aqui no Estado em uma força-tarefa muito grande para o combate a esta epidemia da gripe e nós não gostaríamos de termos este problema estendido aos animais já que estamos enfrentando uma crise muito séria da suinocultura, aonde o setor perdeu neste ano com as exportações mais de US$ 100 milhões com a queda nos preços”, afirma o superintendente regional do Ministério, Francisco Signor
