Realizado na última segunda (20/07), em Campinas (SP), um encontro de suinocultores definiu três propostas para melhoria do setor. Entre elas, está a definição de preço de referência e a obtenção de financiamento para capital de giro. A unificação de Bolsas dos Estados de São Paulo (maior estado consumidor), Santa Catarina (maior estado produtor), Paraná (terceiro maior estado produtor) e Minas Gerais (quarto maior estado produtor), também foi bastante discutida. Segundo o presidente da Associação Paulistas de Criadores de Suinos (APCS) e da Câmara Setorial da Carne Suína do Estado de São Paulo, Valdomiro Ferreira Júnior, a Bolsa Única de Suínos deve entrar em vigor a partir de agosto. “A unificação das Bolsas deve ocorrer a partir da primeira quinta-feira de agosto. Vamos balizar um preço de referência mais justo e mais próximo da realidade de mercado”, explica. “A bolsa unificada servirá para ouvir os produtores e frigoríficos desses Estados. A proposta é fazer uma bolsa no sistema de pregão eletrônico através da internet”.
Ferreira acredita que em até 90 dias o setor suinícola poderá avaliar a unificação da Bolsa. “Temos que saber se se haverá condição ou não de prosseguir. Caso isso não ocorra, a APCS fará uma outra”, pontuou. A médio prazo, outra ação a ser buscada, de acordo com o presidente da APCS, é a formulação de uma pesquisa para saber se há excedente de oferta de carne suína no mercado e desenvolver uma campanha de marketing mais persistente para realçar as qualidades do produto. “Numa análise preliminar parece não haver excedente de oferta, entretanto não se pode ficar no ‘achismo’, por isso a necessidade de uma pesquisa abalizada”.
Atualmente, conforme Ferreira, sabe-se que frigoríficos têm uma margem de lucro de 4% e as redes varejistas, 30%. “A margem de lucro do produtor será definida a partir do momento em que a gente conseguir organizar produção e demanda, ou seja, tiver a certeza de que não há excedente de oferta”, concluiu.
Torpedos- Preocupada em abastecer o produtor de informações importantes em tempo real, a APCS vem utilizando os chamados “torpedos via celular” para atingir seu objetivo. O envio é feito praticamente todos os dias aos produtores, embora tenha um custo alto. Optou-se por esse sistema por ser mais rápido e teve a aprovação dos produtores, segundo enquete feita pela entidade.
– Com informações da Assessoria da APCS.