A proposta de uma campanha para intensificar o uso de corretivos do solo como insumos, fertilizantes e calcários foi anunciada na 41ª reunião ordinária da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, nesta segunda-feira (22), em Brasília. “O objetivo é chegar, principalmente, à média propriedade rural, que usa pouco esses insumos. Vamos fazer trabalho conjunto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e contamos com o apoio da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). A nossa meta é alcançar cooperativas e sindicatos rurais”, disse o chefe da divisão de agricultura conservacionista, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Maurício Carvalho.
A campanha requer trabalho conjunto e vai envolver parceria entre três secretarias do Mapa: de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), de Defesa Agropecuária (SDA) e de Política Agrícola (SPA). Além disso, participam do projeto a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Mercado – A entrega de fertilizantes ao consumidor final, entre os meses de janeiro e maio de 2009, alcançou 6,6 milhões de toneladas. Esse resultado é 27,3% inferior, se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram repassados 9,09 milhões de toneladas da produção nacional de insumos. Na região Centro/Sul foram comercializados 5,9 milhões de toneladas. A estimativa de estoque de fertilizantes na indústria brasileira é de 5,2 milhões de toneladas, nos cinco primeiros meses de 2009.
De acordo com o diretor-executivo da Anda, Eduardo Daher, se as questões climáticas, agronômicas e financeiras contribuírem, o setor deve fechar 2009 com 22 milhões de toneladas de fertilizantes entregues ao consumidor final. “Esse resultado será semelhante à previsão da produção de calcário para este ano, que é de 22,5 milhões de toneladas”, enfatizou.
Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag) apontam que as vendas de defensivos acumuladas até maio de 2009 foi de R$ 3,3 bilhões, 2% superiores ao mesmo período de 2008, com R$ 3,2 bilhões. Os destaques foram os segmentos de herbicidas, que apresentaram crescimento de 12%, e o de fungicidas, com 8%.