A Superintendência Regional do Banco do Brasil em Goiás confirmou, ontem, que no caso de antecipação de custeio prevalecerão os juros contratados, ainda que o Plano Safra venha a contemplar alguma redução na taxa atual, de 6,75% ao ano.
O gerente de Agronegócio do banco, João Bosco Messias Costa explica que a instituição apenas cumpre as normas do Banco Central para o crédito rural. Ele pondera, entretanto, que não acredita em redução drástica da taxa de juros para o setor, tendo em vista que esta já é diferenciada.
Quanto ao acesso ao crédito, João Bosco admite que o produtor que prorrogou seus débitos naturalmente terá dificuldades para acessar novos recursos, “até porque já estará com sua capacidade de endividamento praticamente toda comprometida”.
Mas para os produtores que mantiveram suas operações em dia, o gerente de Agronegócio diz que estão abertos os créditos com recursos controlados (juros de 6,75% ao ano) até o limite dos tetos estabelecidos para cada cultura. Segundo ele, os limites atuais são de R$ 400 mil para a soja e de R$ 550 mil para milho, arroz irrigado, feijão e algodão.
O analista de Agronegócio do banco, Carlos Alberto Bueno Júnior, acrescenta que o produtor pode ampliar esses limites em até 30%, caso atenda a alguns requisitos, como contratação de seguro agrícola, comprovação de reserva legal, travamento de preços da produção em Bolsas de Valores, utilização de sementes certificadas ou prática de produção orgânica. Acima desses tetos, os recursos têm juros prefixados que variam de 12,5% a 15,5% ao ano.