Governos e a iniciativa privada do Brasil trabalharão com mais ênfase na derrubada de mitos negativos relacionados à produção de etanol e na implementação de ações que deem sustentabilidade também social à produção do biocombustível, segundo fontes do setor sucroalcooleiro e autoridades presentes no Ethanol Summit 2009, aberto nesta segunda-feira.
A Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) lançou durante o evento o Agora – Agroenergia e Meio Ambiente, uma campanha de comunicação que não só visa desenvolver o etanol, mas promover outros setores relacionados a energias renováveis, incentivar o consumo do biocombustível.
E, em parceria com a Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp), a Unica apresentou um programa para requalificação profissional focado especialmente em cortadores de cana que estão perdendo o emprego devido ao avanço da mecanização da colheita, especialmente em São Paulo.
“Não se trata mais de uma campanha para desenvolver apenas o etanol, mas incluir outros setores”, declarou o diretor de comunicação da Unica, Adhemar Altieri. A sustentabilidade social na produção do biocombustível é observada pelos importadores do produto, e práticas condenáveis de trabalho podem ser utilizadas como barreiras não-tarifárias ao etanol.
Se a indústria espera melhorar suas práticas, e divulgá-las mais enfaticamente, pretende também lutar contra notícias que considera equivocadas como a disputa entre os biocombustíveis e os alimentos.