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Valorização chega a 138% na produção de origem animal

<p>Números do IBGE mostram que, apesar da grande predominância da cana, Ribeirão (SP) ainda possui uma produção pecuária relevante.</p>

Redação (11/12/2008)- O valor da produção pecuária em Ribeirão cresceu 138% em dez anos, de acordo com o IBGE. O levantamento Produção da Agropecuária Municipal mostra que, em 2007, o valor da produção de origem animal na cidade foi de R$ 853 mil, contra R$ 358 mil em 1997 (sem correção pela inflação no período).

Para obter os resultados do valor da produção, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) multiplicou o total produzido pelo preço médio de cada produto. Foram levados em conta os principais produtos de origem animal, como leite, ovos, mel e lã. Em Ribeirão, o leite teve o maior valor de produção no ano passado, de R$ 690 mil. O número é 130% do que em 1997, quando o valor produzido foi de R$ 299 mil.

Porém, esse crescimento não indica que houve aumento na produção. O levantamento do IBGE mostra que a cidade produziu 31% a menos no período. Em 1997, foram 1,6 milhão de litros, contra 1,1 milhão em 2007.

De acordo com o engenheiro agrônomo Luis Fernando Zorzenon, da Secretaria de Estado da Agricultura, a cidade reduziu muito sua produção de origem animal. “Ribeirão cresceu e invadiu os espaços rurais. Quase não existem produtores de leite na cidade. O crescimento da cana também contribuiu para essa diminuição.”

O produtor de leite Edison Minohara, que possui uma fazenda na divisa de Ribeirão com Cravinhos, disse que muitos produtores arrendaram suas terras para o plantio de cana. “O número de produtores caiu muito na cidade, mas a produtividade dos animais cresceu. Por isso, o valor da produção foi maior, o produto estava valorizado.”

Para o economista Ricardo Feijó, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA-RP), os números do IBGE mostram que, apesar da grande predominância da cana, Ribeirão ainda possui uma produção pecuária relevante. “Não é uma produção desprezível.”

Em 66 cidades da região, o valor da produção cresceu 110% em dez anos, e passou de R$ 68,9 milhões em 1997 para R$ 145,1 milhões em 2007.