Redação (11/12/2008)- O canal de acesso e os berços de atracação do Porto de Imbituba (SC) estão passando desde domingo (7) por uma dragagem emergencial, promovida pela Companhia Docas local e pela Santos Brasil, empresa arrendatária do Terminal de Contêineres (Tecon Imbituba). A dragagem está sendo feita para que Imbituba possa receber as embarcações desviadas do Porto de Itajaí, destruído pelas chuvas.
Os serviços devem terminar na semana que vem e deixarão o porto com 12 metros de profundidade. “Não poderíamos deixar de oferecer nosso apoio a esta operação tão necessária neste momento”, disse Antonio Carlos Sepúlveda, diretor de Operações da Santos Brasil.
Serão dragados cerca de 450 mil metros cúbicos de areia, garante a Dragabras, empresa contratada para a execução dos serviços. Mas, o que chama mais atenção é que o dinheiro da obra emergencial, R$ 4 milhões, saiu dos cofres da Santos Brasil, não da Docas de Imbituba. Por meio de sua assessoria de imprensa, a arrendatária do Tecon garante que a Docas irá ressarci-la, mas posteriormente.
“Decidimos adiantar nossos planos de dragagem para oferecer uma alternativa à indústria e comércio do nosso Estado, neste momento em que nossa capacidade portuária foi afetada por esta situação imprevista que tanto lamentamos. Não podemos medir esforços para recompor a capacidade do Estado em escoar sua produção”, afirma Jeziel Pamato de Souza, presidente da Docas de Imbituba.
Infelizmente, é cruel verificar que os primeiros passos da reconstrução de Santa Catarina estão sendo dados pela iniciativa privada, pois o Poder Público patina na burocracia e há 15 dias tenta, sem sucesso, liberar o crédito de R$ 1,6 bilhão anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para socorrer as vítimas das enchentes e reconstruir o Porto de Itajaí.