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Ainda não será em 2009

<p>Complexo agroindustrial em Mafra (SC) não está nos planos de investimentos da Sadia para o próximo ano. Cenário de crise mundial fez com que o projeto fosse postergado.</p>

Redação (09/12/2008) – O diretor-presidente da Sadia, Gilberto Tomazoni, confirmou ontem (08/12), durante coletiva de imprensa em São Paulo (SP), que o novo complexo de produção de suínos no município de Mafra (SC) não está nos planos de investimentos da empresa para 2009. “É um investimento importante, mas que deixou de ser prioritário devido ao atual cenário de crise econômica mundial”, lamenta Tomazoni.

Sobre a possibilidade de a empresa realizar um investimento menor do que o previsto inicialmente, o diretor-presidente da Sadia descartou esta opção. “Não há como ele ser um projeto menor do que os planos iniciais, pois desta forma ele perderia competitividade”, afirma. “Veja bem, ele não está descartado, apenas foi adiado. O que aconteceu é que ele perdeu o caráter de urgência que tinha”.

A Sadia pretendia investir R$ 650 mil na estruturação de um complexo para a produção de suínos em Mafra, no Planalto Norte Catarinense. Em junho deste ano, a empresa chegou a assinar um Protocolo de Intenções com a prefeitura do município. Porém, a crise econômica mundial e problemas internos a fizeram rever vários dos investimentos ainda não começados.

O novo complexo visava atender principalmente o mercado internacional. A estimativa era de que 90% de sua produção tivesse como destino as exportações. O projeto previa o atendimento às exigências de mercados como o europeu e japonês, cuja expectativa de abertura ainda se mantém, e de uma produção dentro dos conceitos de sustentabilidade.

O Planalto Norte Catarinense é uma região com grande produção de grãos e vantagens logísticas, pois não está tão distante de portos como o de Paranaguá (PR), Itajaí (SC) e São Francisco do Sul (SC). Santa Catarina também é o único Estado brasileiro reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa sem vacinação, o que poderia ser um diferencial importante para a abertura de mercados mais exigentes.