Redação (04/12/2008)- O Brasil restabeleceu a exportação de carne de frango in natura para a China e está concluindo as negociações para o comércio de carne suína, anunciou, nesta quarta-feira (3), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. A retomada do comércio, segundo ele, atende a uma reivindicação do setor produtivo, sendo significativa para o País, devido à capacidade de consumo do mercado chinês.
Principais compradores de produtos agropecuários brasileiros, os chineses farão, inicialmente, negócios com 24 abatedouros localizados em oito estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.
As negociações ocorreram, esta semana, em Pequim (China), entre o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, e o vice-ministro de Administração, Quarentena, Supervisão e Inspeção da República Popular da China, Wei Chuanzhong. No caso da carne de frango in natura, o restabelecimento do comércio é imediato, validado pelas duas autoridades.
Suínos – “As autoridades chinesas se comprometeram em agilizar a análise das informações obtidas em outubro, durante a vinda de missão daquele país, para avaliar o serviço brasileiro de inspeção de suínos”, informou Kroetz. Os governos do Brasil e da China ratificaram o protocolo que determina requisitos de inspeção, quarentena e saúde veterinária para a carne suína.
Grupo de Trabalho – Ainda durante as reuniões, foi criado um grupo de entendimento entre técnicos dos ministérios da Agricultura, do Brasil, e da Administração, Quarentena, Supervisão e Inspeção (AQSIC), da China, para manter o diálogo. A agenda do grupo vai priorizar, principalmente, os ajustes para comércio de frutas, lácteos, carnes bovina e suína, carne de aves termoprocessadas e material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia).
“Esses dois lados se encontrarão, periodicamente, para estabelecer as bases técnicas para o preparo de documentos que levam à harmonização de critérios para o comércio bilateral”, explicou o secretário do Mapa