Redação (24/12/2008)- Em 2008, o Paraná deve bater um novo recorde na produção agrícola, com a colheita de 31,5 milhões de toneladas de grãos. A estimativa aponta para um aumento de 7,8% em comparação a 2007, ano em que o volume colhido foi de 29,2 milhões de toneladas – o que já havia sido considerado muito expressivo. Os principais resultados de 2008 vieram do crescimento da produção do trigo (58,3%) e do milho (7,8%).
Outro destaque vem da cana-de-açúcar, cujo resultado saltou de 45,9 milhões de toneladas em 2007 para 55,7 milhões de toneladas em 2008, incremento de 21,3%. Na mesma direção, a produção pecuária vem apresentando expansão, com destaque para a ampliação do abate de aves.
Indústria – Com o aumento de 10,9% da produção industrial no acumulado até setembro de 2008, o Paraná ocupa atualmente a terceira posição no ranking do País. O desempenho também fica acima da variação de 6,5% da indústria nacional nos nove primeiros meses deste ano.
Foi constatado crescimento expressivo da produção física nos ramos de veículos (34,7%), edição e impressão (32,8%), máquinas e equipamentos (14,7%) e papel e celulose (16,3%), o que evidencia a desconcentração da expansão industrial do Paraná, incluindo não apenas segmentos ligados ao agronegócio como também aos ramos voltados à produção de bens de alto conteúdo tecnológico.
O crescimento da indústria do Paraná em 2008 também refletiu na folha de pagamento real por trabalhador, que cresceu 6,1% no acumulado de janeiro a setembro de 2008.
De acordo com dados da Federação das Indústrias do Paraná, até setembro de 2008, as vendas industriais cresceram 11,41%. Este ano, até outubro, a venda de máquinas e equipamentos superou o resultado de 2007, com aumento de 31,14% contra 25,67%.
Para o economista da Fiep, Roberto Zurcher, o Paraná tem algumas vantagens que tem propiciado crescimento, como a forte produção agroindustrial que ainda não foi atingida pela crise, espalhando renda em todo o Estado.
””Acreditamos que essa projeção deva se confirmar para 2008. Nossa preocupação está centrada na falta de crédito para a próxima safra e para capital de giro e exportações. Esperamos que uma das alternativas seja a queda da taxa de juros, pois não há mais justificativa de controle inflacionário pelo elevado aumento da demanda””, defende Zurcher.