Redação (07/10/2008)- Os agricultores do Paraná colhem as últimas lavouras de milho. Nas próximas semanas, começa o plantio da soja. O Paraná deve plantar perto de quatro milhões de hectares este ano. Será uma área 1,5% maior do que no ano passado.
No noroeste do Estado, os produtores querem aumentar ainda mais a produção. A produtividade média na região é de 50 sacas por hectare. A meta é chegar a 65 sacas, com um rendimento 15% maior.
Para alcançar o índice, a Cooperativa de Maringá implantou um programa que busca melhorar o resultado no campo.
“A primeira etapa e mais fundamental é a análise de solo. Fazendo a análise de solo, nós vamos interpretar, fazer a correção do solo e encomendar uma adubação mais adequada. Em seguida, vamos partir para a escolha de uma semente de soja mais adaptada para aquele solo e dentro de uma época de plantio mais recomendado”, explicou o agrônomo Sérgio Watanabe.
O agricultor começou a planejar a safra de soja no começo do ano, quando fez o plantio do milho. Junto ele plantou também a braquearea, uma vegetação muito usada nas pastagens. A função dela na lavoura é proteger a terra e contribuir com o aumento da produtividade nas lavouras de soja.
Nos próximos dias, será aplicado um produto para secar a vegetação. A palha, que vai cobrir toda a terra, terá um papel importante.
“Vamos fazer um comparativo importante: se eu tenho uma área que não tem braquearia, não tem cobertura e tem pouca matéria orgânica, a capacidade de retenção de água nesse solo é bem inferior a esse que estamos vivendo aqui. Isso porque ele vai ter mais matéria orgânica, o que propicia uma maior retenção de água. Se tem mais água no solo, a cultura vai se beneficiar disso e virá com maior produtividade em relação a qual não tem essa matéria orgânica”, esclareceu Aparecido Fadoni, agrônomo da Cocamar.
“Para a próxima safra a gente espera o tempo correr bem e a natureza nos ajudar. Adubando mais a gente espera colher mais”, falou o agricultor Rubens Cortarelli.
Numa experiência piloto, realizada na safra passada pela Cooperativa de Maringá, o resultado foi positivo. O gasto com essa técnica citada na reportagem aumentou em cinco sacas por hectare. Em compensação, a produtividade, na mesma área, cresceu 20 sacas.