Redação (11/09/2008)- A última safra foi marcada por recordes históricos, sendo que a produção passou de 143 milhões de toneladas e a contratação de crédito ficou bem acima do previsto. O governo federal destinou R$ 58 bilhões, mas aplicou cerca de R$ 65 bilhões, 12% a mais que o previsto. O resultado foi bem diferente daquele da safra anterior, quando o governo fez uma previsão de R$ 50 bilhões, mas utilizou R$ 46 bilhões.
Os recursos para custeio e comercialização foram R$ 8,5 bilhões superiores à previsão inicial, 17,5% a mais. Apenas nos investimentos é que os financiamentos foram inferiores aos planejados. A projeção inicial era de quase R$ 9 bilhões, mas as contratações foram de R$ 7,3 bilhões. Segundo o Ministério da Agricultura, os números ficaram acima de todas as expectativas e demonstram a confiança do agricultor na nova fase do agronegócio.
A alta dos preços dos alimentos, a demanda por etanol, então é todo um cenário favorável ao agronegócio na safra 2007/2008. Eu penso que os produtores que tinham retardado investimentos passaram a acreditar mais fortemente no seu negócio – afirma Wilson Vaz Araújo, diretor de Economia Agrícola do ministério.
Segundo o Ministério da Agricultura, um dos motivos dos recursos previstos para safra 2007/2008 terem sido superados foi o aumento da tomanda de crédito de pré-custeio. Entre maio e junho deste ano, cerca de R$ 2,5 bilhões foram de contratações para financiar a nova safra.
Esta antecipação acabou refletindo nos números do início da contratação de crédito para safra 2008/2009. Em julho, o total de financiamentos foi de R$ 2,9 bilhões. Enquanto no mesmo mês do ano passado, ele passou de R$ 3 bilhões, uma redução de 10%. Mas o governo continua otimista e espera utilizar 100% dos R$ 65 bilhões liberados para esta safra. Nós gostariamos de atingir pelo menos o que programamos. Se passarmos disso, aplaudiremos – completa Vaz.