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Produtor e indústrias compram silos antecipadamente

<p>Indústrias, cooperativas, tradings e produtores fizeram com que as empresas fabricantes superassem suas metas para 2008 no meio do ano.</p>

Redação (08/09/2008)- Capitalizado ou com medo de ficar sem o produto, o usuário de silos se antecipou e foi às compras. Indústrias, cooperativas, tradings e produtores fizeram com que as empresas fabricantes superassem suas metas para 2008 no meio do ano. Como é no segundo semestre que a venda se intensifica, os números tendem a ser maiores.

Na GSI, o faturamento previsto para 2008 foi alcançado em agosto – a empresa, que recentemente entrou no ramo de armazenagem de grãos, já tem metade de seu faturamento neste segmento. Com isso, a indústria acredita em bater em 30% a meta. Na Kepler Weber, até junho a indústria faturou todo o volume de 2007. Já a Pagé Industrial cresceu 35% até agora – com meta de fechar o ano 42% maior.

A previsão da GSI é que até agosto tenha vendido silos equivalentes a 600 mil toneladas. "Como a renda do produtor cresceu muito no último ano e ele vinha investindo em mecanização, agora é a hora da infra-estrutura", acredita Alex Borges, gerente de Negócios da GSI. A maior parte dos compradores é de cooperativas (60%), seguidas pelas indústrias (30%).

"O agricultor está conseguindo prever investimento em infra-estrutura e negociar a safra na melhor época", afirma Paulo Neumann, diretor-comercial da empresa. A GSI fechou 2007 com 9% do mercado e espera chegar ao final deste ano com 17%. Para 2011, a projeção é a liderança, com 30% – hoje com a Kepler Weber.

"Tendo em vista o crescimento de safra, o déficit de armazengam e o preço dos grãos, a demanda forte é compatível", afirma Anastácio Fernandes Filho, presidente da Kepler Weber. Até junho, o faturamento da empresa atingiu R$ 140 milhões – o mesmo registrado em todo o ano de 2007, quando a empresa estava em reestruturação. "A gente vai passar de R$ 300 milhões de faturamento".

Assim como na concorrente, na Kepler Weber as vendas têm sido maiores para cooperativas e tradings. A comercialização da empresa neste ano superou o equivalente a 30 mil toneladas. "Os grandes grupos já anteciparam as vendas", afirma Amílcar Rostro Júnior, supervisor-comercial da Pagé Industrial. Ele acredita que a partir de agora, as vendas devem se concentrar nos produtores – para armazenagem na fazenda – que entre indústrias e cooperativas. "Sempre ficam aqueles últimos que querem para a safra ainda", afirma. Rostro Júnior acredita que os grandes grupos se anteciparam para não ter problema de "sair correndo para o ultimo momento.

Premiação
Passados alguns meses após a reestruturação, a Kepler Weber – que quase ficou insolvente em meados de 2006 – está com 90% capacidade da fábrica de Panambi (RS) em uso e cerca de 15% da de Campo Grande (MS). No início do ano, eram 60% e 5%, respectivamente. Com a melhora dos resultados, a empresa comemorou, na última semana, na 31ª Expointer, em Esteio (RS) o troféu ouro no Prêmio Gerdau Melhores da Terra. "A premiação mostra a capacidade da Kepler de transformar os sonhos dos nossos clientes em realidade, Vínhamos tentando melhorar a produtividade deles", afirma o presidente da Kepler Weber.

A empresa obteve a premiação com uma máquina de limpeza de grãos, em sistema modular, que reduz a emissão de ruído e pó. Com três módulos (giratório, aspiração e peneiramento), a máquina acelera o processo de secagem dos grãos. Fernandes Filho explica que a máquina tradicional tem apenas o sistema de peneiramento.