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Recomendações sobre plantio de milho transgênico

<p>Cereal é considerado estratégico segundo lideranças.</p>

Redação (04/09/2008)- Com um atraso de dez anos em relação à concorrência internacional, os produtores brasileiros finalmente iniciaram o primeiro plantio de milho transgênico. Segundo o presidente da Abramilho, Odacir Klein, os produtores brasileiros que optarem pelo produto na hora de plantar as lavouras da próxima safra não devem ter problemas com a comercialização. O dirigente confia em um ávido mercado comprador do grão para os próximos anos. Segundo ele, em 2008/2009, a demanda interna deverá chegar a 48 milhões de toneladas. "Alguns produtores estão preocupados com isso, mas é importante alertar que outros países já aderiram aos transgênicos e não tiveram problemas. Na Argentina, cerca de 70% do milho cultivado já é transgênico", salientou. Contudo, recomenda que o produtor faça um cálculo da viabilidade econômica da cultura para optar entre a cultivar transgênica e a convencional. Esses assuntos foram abordados ontem à noite, na Expointer, em um jantar de confraternização, que reuniu a diretoria da instituição, produtores e representantes de associações. (Correio do Povo)

Estratégico – A avicultura brasileira deve consumir cerca de 32 milhões de toneladas de milho em 2009, calculou ontem o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), Francisco Turra. Em 2008, a necessidade do setor está estimada em 25 milhões de toneladas. "Precisamos sensibilizar os governos estaduais e o federal de que o cereal é estratégico", disse Turra, que participou de um fórum sobre o cenário mundial de alimentos dentro da programação da 31 Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), em Esteio (RS).

A produção de suínos deve consumir entre 11 milhões e 12 milhões de toneladas de milho no próximo ano, um número semelhante ao de 2008, analisou o presidente da Associação Brasileira dos Criadores (ABCS), Rubens Valentini, que também participou do evento. Para o dirigente, o consumo das granjas não deve registrar mudanças até a metade do próximo ano, por causa da duração do ciclo de desenvolvimento dos animais. Depois deste período, é possível que a ampliação do número de matrizes resulte em maior necessidade de milho.

Mesmo assim, o abastecimento de milho pode representar uma preocupação, considerou Valentini. Ele avaliou que o plantio de soja apresenta mais vantagens na próxima safra, o que pode induzir a migração de uma cultura para a outra. O milho tem poucos financiadores privados, ao contrário da soja, e o governo manteve o Valor Básico de Custeio (VBC) abaixo do custo de produção, apontou ele. Se a soja for cultivada com menor uso de fertilizantes, também poderá afetar, indiretamente, o rendimento da safrinha de milho, que é feita na sequência, sobre as mesmas áreas, acrescentou Valentini.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Odacir Klein, pediu a realização de um fórum entre agricultores e os principais consumidores para planejar a safra. Para o dirigente, poderá haver pequena redução de área destinada ao milho na safra de verão, mas será a safrinha que irá garantir o abastecimento. Tanto governo quanto iniciativa privada consideram que haverá um bom estoque de passagem, especialmente se não forem confirmadas as previsões de exportar em torno de 11 milhões de toneladas.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Adubos do Rio Grande do Sul (Siargs), Torvaldo Marzolla, o milho consome o dobro de fertilizantes que a soja por hectare. O setor deve faturar R$ 40 bilhões em 2008 no Brasil com a venda de quase 26 milhões de toneladas de adubos, em comparação a 24,6 milhões de t comercializadas em 2007. (Folha de Londrina)