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Brasil quer destravar Doha durante reunião da ONU

<p>Grandes líderes mundiais, já contatados pelo presidente brasileiro, estarão na Assembléia Geral da organização.</p>

Redação (02/09/2008)- O governo brasileiro quer aproveitar a Assembléia Geral da ONU, este mês, para tentar retomar negociações da Rodada Doha, informou hoje o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais Marco Aurélio Garcia. "Vamos ver se é possível aproveitar o momento da Assembléia Geral da ONU quando grande parte dos líderes mundiais vai estar reunida para ver se retomamos essa conversa", declarou.

Segundo Garcia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "tem conversado muitíssimo" com líderes dos outros países sobre a possibilidade de ainda fechar o acordo de Doha. Ele citou, entre outros países, Estados Unidos, Índia, China, Indonésia, Inglaterra e Argentina como já contatados pelo presidente brasileiro. "Todas essas conversas foram centradas no tema da retomadas das negociações.

Segundo Garcia, pode-se tentar um "acordo de princípios" entre os líderes mundiais. "Depois seriam semanas ou meses para os detalhes técnicos", disse. De acordo com o assessor os países chegaram muito perto de um acordo na rodada Doha na Organização Mundial do Comércio (OMC). "Vamos ver se é possível remover essas pequenas dificuldades residuais que nos fizeram morrer na praia", disse em entrevista durante o seminário comemorativo dos 10 anos do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Palácio Itamaraty, no Rio.

No mesmo evento, mais cedo, o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim informou que o governo brasileiro está se esforçando para tentar um acordo da Rodada de Doha em três a quatro semanas, o que considera difícil mas não impossível. Segundo Amorim, se não fosse possível fechar a negociação nesse prazo, vai levar pelo menos dois ou três anos para um acordo. Garcia considera que "o que tem que haver é um acordo de princípios" no curto prazo.