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Exportadores querem subsídios para buscar mercado oriental

<p>Com o Real bastante valorizado, os exportadores reclamam que o governo federal não cria subsídios cambiais para fomentar as vendas de commodities e demais produtos para outros países.</p>

Redação (25/08/2008)- A ausência de uma política nacional para a redução dos juros no Brasil tem incomodado cada vez mais os que lidam com comércio exterior. Com o Real bastante valorizado, os exportadores reclamam que o governo federal não cria subsídios cambiais para fomentar as vendas de commodities e demais produtos para outros países.

Os exportadores, por sua vez, necessitam de larga organização para entrarem em mercados emergentes como o oriental. Em visita ao Brasil na última semana, o diretor-presidente do Japan External Trade Organization (Jetro), Ko Sasaki, afirmou que os brasileiros necessitam aprimorar planejamento, preparação e paciência para conquistar os asiáticos. O especialista em comércio exterior lembrou que, devido à cultura, os comerciantes do país têm dificuldade para cumprir os prazos estipulados. Quando isso ocorre em negociação com os asiáticos, explica, há perda de confiança para as próximas negociações.

Para isso, os exportadores pedem que as autoridades nacionais implantem um plano abrangente nos moldes do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto). Com medidas adequadas para estimular os investimentos – internos e externos -, seria possível ampliar o drawback verde amarelo e planejar as vendas de modo seguro.

O setor da construção civil é um dos que mais crescem no país e pode servir como parâmetro de estímulo aos investimentos. O Produto Interno Bruto (PIB) desse segmento cresce ininterruptamente há quatro anos, após a crise vivida pela construção civil nos anos de 2002 e 2003. Entre as medidas implantadas pelo País estão a ampliação do crédito habitacional e a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de construção. 

Ações nesse sentido, portanto, se fazem necessário para que o Brasil amplie a sua participação no comércio internacional, que hoje gira em torno de 1%. Enquanto isso, a China, a nova grande potência mundial, evolui com maquinário novo e tecnologia recente, como aponta o colunista Carlos Pimentel. O ocidente, por sua vez, se arrasta em decidir como lidar com barreiras não-alfandegárias e ajustar subsídios que deságuam na pouca eficiência de transportes e logística. Assim, fica difícil cumprir qualquer meta com planejamento, preparação e paciência.