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Com cenário externo favorável, agroindústria cresce 4,2% no semestre

<p>Segundo o IBGE, o bom desempenho está relacionado ao crescimento da safra, ao aumento do consumo do mercado interno, por conta da expansão da renda, e a um cenário externo favorável para a agricultura.</p>

Redação (07/08/2008)- A agroindústria brasileira registrou expansão de 4,2% nos primeiros seis meses do ano, ritmo próximo ao do mesmo período de 2007, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (6). A taxa, no entanto, ficou abaixo da assinalada pela média da indústria nacional no mesmo período, de 6,3%.

Segundo o IBGE, o bom desempenho da agroindústria está relacionado ao crescimento da safra, ao aumento do consumo do mercado interno, por conta da expansão da renda, e a um cenário externo favorável para a agricultura, com crescimento do volume exportado e dos preços. Com essa expansão, o investimento em máquinas e equipamentos agrícolas teve alta de 43,5%, enquanto adubos e fertilizantes subiu 10,3%, e rações, 7,5%.

Agricultura e pecuária

A expansão dos setores associados à agricultura, de 3,2%, de maior peso na agroindústria, superou a dos vinculados à pecuária (1,6%). O baixo crescimento desse último está relacionado, de acordo com o IBGE, ao embargo às exportações brasileiras de carne bovina pela União Européia, que impactou negativamente a produção de derivados de carne bovina e suína (-3,7%).

O bom resultado da agricultura, por sua vez, foi influenciado positivamente pelas condições climáticas favoráveis e pelo aumento do uso de defensivos, adubos e fertilizantes, que contribuíram para o aumento da produtividade. Com isso, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) estima para 2008 safra recorde de 143,6 milhões de toneladas de grãos, resultado 7,9% superior ao de 2007.

Mais resultados

Em bases trimestrais, a agroindústria apresentou resultados positivos nos dois primeiros períodos de 2008. Após crescer 6,1% no primeiro trimestre, o setor desacelerou no segundo (2,8%), por conta da redução do ritmo de crescimento da agricultura, que passou de 6,9% para 0,8%, enquanto a pecuária mostrou movimento inverso (de –1,0% para 4,4%).