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Instituto Sadia conclui diagnóstico sobre o desenvolvimento de municípios onde a empresa atua

<p>Feito em parceria com o Ibope, levantamento servirá para aprimorar a política de investimento da empresa em projetos sociais.</p><p></p><p></p>

Redação (05/08/2008)- O Instituto Sadia disponibiliza a partir de hoje (05), em seu site, o relatório final do diagnóstico de desenvolvimento local feito nos municípios onde a empresa atua, em parceria com o Instituto Ibope. O levantamento, iniciado em fevereiro, teve como objetivo mapear as condições de desenvolvimento econômico, humano, natural, físico e social de 13 municípios onde estão as unidades de produção e distribuição. 

A intenção era reunir informações sobre cada uma das localidades que pudessem mostrar quais as prioridades de cada município e, com isso, estabelecer diretrizes para as ações de investimento social do Instituto Sadia em 2009.

Realizado em três etapas, o trabalho foi desenvolvido nos municípios de Dois Vizinhos (PR), Francisco Beltrão (PR), Paranaguá (PR), Ponta Grossa (PR), Toledo (PR), Chapecó (SC), Concórdia (SC), Três Passos (RS), Uberlândia (MG), Várzea Grande (MT), Lucas do Rio Verde (MT), Campo Verde (MT) e Jundiaí (SP). 

Na primeira fase foram reunidas informações já coletadas e disponíveis em órgãos oficiais e ONGs. Na segunda etapa, membros dos comitês locais de Investimento Social da Sadia foram a campo, a partir de orientações da equipe do Ibope, recolher informações referentes a cinco áreas de abordagem. Entre elas, referentes a capital econômico (principais atividades econômicas, distribuição de renda da população, capacidade de poupança, acesso a crédito e acesso a emprego), capital humano (perfil da população e estrutura familiar), capital natural (acesso do município à água, qualidade do ar, solo saudável, reserva legal, legislação ambiental), capital social (contexto social e político, grupos da sociedade civil organizados, instrumentos de participação popular, grau de mobilização e participação comunitária) e capital físico (infra-estrutura de educação, saneamento público, coleta de lixo, saúde, habitação, lazer e cultura).  

Na última fase, os pesquisadores fizeram uma pesquisa quantitativa com a população dos municípios, em que os moradores respondiam a perguntas relacionadas ao seu contexto pessoal, ao capital social do município e indicadores de percepção da cidade. Nessa etapa, os moradores eram questionados sobre as suas perspectivas e qual a percepção que tinham dos serviços públicos prestados e de algumas instituições, entre outras questões.

Os resultados foram separados em três grupos, de acordo com o número de habitantes dos municípios: municípios com até 50 mil habitantes, municípios entre 50 mil e 100 mil habitantes e municípios com mais de 100 mil habitantes.

A pesquisa apontou que o contexto econômico dos municípios onde a empresa atua é positivo, com médias de percepção mais altas do que as observadas no município de São Paulo. O patamar de “empregabilidade” é considerado alto,  com 29% dos moradores iniciando uma atividade remunerada nos últimos meses. Por outro lado, o fantasma da inadimplência ronda uma parcela relevante dessa população (15% dos que responderam à pesquisa), nível semelhante ao detectado para o país como um todo. O contexto econômico favorável reflete-se em patamares altos nos indicadores de bem estar pessoal e percepções gerais sobre a cidade. 

Em relação aos aspectos sociais da pesquisa, a surpresa fica por conta do baixo percentual de adesão a questões relacionadas ao “comunitarismo” (sentimento de pertencer a uma determinada cidade e comunidade, taxas de participação em organizações sociais etc). A tendência é ainda pior nos municípios com mais de 100 mil habitantes. Por outro lado, a capacidade de mobilização e cobrança destas comunidades é maior do que a verificada em São Paulo. O potencial de participação é menor em municípios de pequeno porte do que nos mais populosos.