Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Rodovia interoceânica beneficiará exportadores brasileiros, avalia secretário

<p>A rodovia faz parte de um acordo firmado entre Brasil, Bolívia e Chile.</p>

Redação (21/07/2008)- Até o fim de 2009, uma rodovia ligando o porto de Santos, no oceano Atlântico, aos portos de Arica e Iquique (Chile), no Pacífico, estará concluída. Com cerca de 3 mil quilômetros de extensão, a rodovia, que também passará pela Bolívia, facilitará o escoamento da produção agrícola e possibilitará o aumento da exportação de grãos brasileiros, de acordo com o Ministério da Agricultura.

A rodovia faz parte de um acordo firmado entre os três países, no final do ano passado, e teve suas bases definidas neste mês. A expectativa é de que a comercialização de grãos atinja 135 milhões de toneladas a partir de 2010. A produção brasileira de grãos na safra atual será de pouco mais de 142 milhões de toneladas. Pelo lado chileno, há o interesse de que empresários de países da América do Sul, como o Brasil, passem a montar produtos em seu território, se beneficiando os tratados que o país tem com China, Japão e Estados Unidos.

Em nota do Ministério da Agricultura, o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Márcio Portocarrero, disse que o Brasil pode se beneficiar muito com a rodovia. “Podemos afirmar que o transporte é, atualmente, um dos maiores gargalos da produção agropecuária. A rodovia vai beneficiar os produtores do país, que terão acesso mais rápido e fácil ao mercado asiático, um grande consumidor dos nossos produtos”, afirmou. Segundo ele, o corredor interoceânico propiciará uma redução de 7 mil quilômetros de rota marítima em relação ao percurso feito atualmente pelo Atlântico.

A maior vantagem, segundo a nota, será a redução no custo do transporte. Hoje, o produtor de soja da região Centro-Oeste chega a gastar até dez vezes mais para transportar o grão até a China do que um agricultor norte-americano. “Ganharemos muito em competitividade”, disse Portocarrero.

Cerca de 1,5 mil quilômetros da rodovia estarão em território brasileiro, enquanto a Bolívia participará com 1,6 mil e o Chile com mais 233. O investimento do governo federal será de R$ 340 milhões, destinados, principalmente, à construção de pontes, acessos curtos e recuperação e manutenção da parte rodoviária próxima à fronteira com a Bolívia. A previsão é que a obra esteja totalmente concluída em setembro de 2009.