Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Novo impasse coloca em risco compra de sementes de milho

<p>O Programa Troca-Troca de sementes corre o risco de não acontecer este ano.</p>

Redação (11/07/2008)- As empresas sementeiras não aceitaram a proposta de reajuste de 7% no valor da saca de 60 quilos da semente de milho oferecido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, Famurs e Fetag-RS. A oferta de R$ 76,00 a saca sobre os R$ 71,00 pagos no ano passado foi considerada insuficiente pelas sementeiras, que pediram R$ 83,68. "Chegamos no limite orçamentário do Estado. Agora, as empresas é que têm de refletir e ver se aceitam o que podemos pagar", afirma o secretário da Agricultura, João Carlos Machado. A negociação se arrastou por duas horas e meia na sala 51 da secretaria e não foi marcada uma nova reunião.

Nos últimos três anos, o reajuste acumulado foi de cerca de 10%. "Avançamos bastante na nossa proposta, repassando 7% em apenas um ano", salienta o coordenador do programa, Paulo Braccini. As sementes de milho compradas pelo Estado são entregues, com subsídio, a 210 mil agricultores familiares gaúchos para o plantio da safra 2008/2009. "As empresas estão sendo intransigentes e utilizando razões para o aumento que não se aplicam a atual negociação, como o aumento do adubo, que repercutirá somente no próximo ano", observa Braccini.

O Troca-Troca é um programa da secretaria em parceria com as federações – Fetag-RS, Fetraf-Sul e Famurs – e prefeituras municipais, destinado a pequenos e miniprodutores, que podem receber no máximo 40 quilos de sementes de milho (duas sacas de 20 quilos). A proporção de troca é de 11 por 1 (a cada quilo de semente recebido pelo produtor, ele devolve 11 quilos de milho de consumo).

"Temos que ter muita responsabilidade na negociação, porque quem vai pagar a maior parte da conta são os pequenos produtores de milho", lembra o secretário. O programa é responsável por aproximadamente 40% da lavoura de milho cultivada no RS. A região norte é a maior produtora de milho no Estado, com 80% do total.