Redação (02/07/2008)- O Consórcio Antiferrugem realizou no último dia 27 de junho, em Londrina, PR, a reunião de avaliação da safra de soja. Participaram do evento cerca de 150 pessoas, entre representantes de governo, instituições de pesquisa, ensino, extensão e indústria química.
“Foi um ano mais favorável ao produtor. O vazio sanitário e o atraso geral nos plantios em função das condições climáticas contribuíram para que a doença chegasse com um atraso de quase um mês nas lavouras”, explica a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja.
As perdas por ferrugem praticamente não ocorreram na safra 2007/08. Na avaliação do diretor de defesa sanitária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Baldini, os bons resultados a campo mostram a importância dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do Consórcio Antiferrugem.
“Desde que a doença apareceu em 2002, houve um grande empenho para levar informações ao produtor e uma intensa busca por produtos e técnicas de controle mais eficientes. Foi uma união que mostrou a força do setor produtivo. É um exemplo para outras culturas”, destacou.
A agrônoma Mônica Martins, da Fundação Bahia, alerta que o produtor não pode se acomodar. “Não é porque a doença está aparecendo mais tarde e em condições de baixa pressão que o produtor vai baixar guarda na próxima safra. Com a ferrugem é preciso estar sempre atento”, aconselha.
Na avaliação da responsável técnica pela área de sanidade de grandes culturas na SEAB-PR, Maria Celeste Marcondes, a safra passada mostrou a importância do monitoramento permanente. “Com as unidades de alerta e a ferramenta de monitoramento dos focos pela internet, conseguimos fazer um trabalho pró-ativo na defesa vegetal”, avalia a técnica que vem acompanhando a implantação do primeiro ano de vazio sanitário no Paraná.
Um dos problemas apontados durante a reunião foi a menor eficiência dos fungicidas dos grupos dos triazóis, em situações de maior pressão da doença.
Números
O mapa do Consórcio Antiferrugem recebeu 2106 confirmações de focos durante a safra 2007/08, enviadas por 45 laboratórios credenciados para o diagnóstico. O Paraná foi o estado que mais alimentou o site com informações sobre a evolução da doença, seguido de Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio Grande do Sul e Bahia.