Redação (18/12/2007)- O presidente da Perdigão disse que a empresa, que acaba de vender 23 milhões de ações na bolsa para pagar a Eleva, planeja investir R$ 800 milhões ao ano nos próximos anos e elevar o volume de vendas em 10% "todo o ano". Nos últimos 12 anos, a taxa de crescimento foi de 14%, e a produção deve alcançar cerca de 1,7 milhão de toneladas este ano.
De acordo com Secches, com a aquisição da Eleva, a Perdigão passa a ser a primeira no abate de aves e suínos no Brasil. Antes disso, a líder era a Sadia. A Perdigão também passa a ser a primeira na exportação de aves, mas a Sadia segue à frente no embarque de carne suína. Ele informou que a próxima edição da publicação especializada World Poultry já deve mostrar a Perdigão, após a compra da Eleva, como terceira maior empresa no abate de aves no mundo, atrás das americanas, a Pilgrim””s e a Tyson Foods.
As esperadas restrições da União Européia à carne bovina brasileira não afetam os planos da Perdigão para o segmento, segundo Secches. A empresa já colocou em operação uma unidade de abate de gado bovino em Mirassol d””Oeste (MT) este ano, que passa por ampliação e deve atingir capacidade total de 2 mil cabeças por dia em 2008. Hoje são 500 cabeças. No próximo ano, a Perdigão pretende obter habilitação da unidade para exportar à UE, segundo Antônio Augusto de Toni, diretor de exportação da empresa. Para atingir a meta de abate de 6 mil cabeças até 2011, a Perdigão deve adquirir ou construir duas unidades, segundo Nelson Vas Hacklauer, da área de novos negócios.
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Sobre novas aquisições, o vice-presidente de finanças Wang Wei Chang disse que a América Latina está no foco da empresa, mas destacou que "não seria nada muito grande".
Secches, que em abril indicará o seu sucessor à presidência da Perdigão, informou que, por conta da compra da Eleva, a empresa fará um reposicionamento de marcas de lácteos em 2008.
