Segundo o documento, os russos realmente estão abrindo o mercado para a carne brasileira, mas estão dando poder total para suas trades negociarem com os fornecedores que elas próprias vão escolher. Isso significa que não será o Brasil quem vai dizer quem deverá vender aos russos. Para uma fonte do setor, trata-se de uma artimanha para evitar que os frigoríficos aumentem os preços, o que estaria prestes a acontecer. Com isso, os russos teriam maior autonomia para trocar de fornecedor.
Outra contingência imposta, segundo o documento, será a realização de vistoria nas instalações do frigorífico e a liberação do lote por "técnicos" russos antes do embarque do produto. Na prática, isso significa que estes técnicos terão de ser enviados ao Brasil, o que também só pode acontecer num determinado momento de 2008, depois que recursos específicos para este acompanhamento forem colocados no orçamento russo para o setor.
Na semana passada o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Afonso Kroetz, viajou para China para resolver problemas de compatibilização das importações de carne daquele mercado e, no final de semana, estendeu sua viagem também para Moscou.