Redação (19/09/07) – E fixaram prazo de cinco dias úteis ao Ministério do Planejamento. Na segunda, 12 das 23 associações estaduais decidiram aceitar um reajuste salarial de 20,3%, dividido em 12,4% em 2008 e 7,9% em 2009.
Como a votação pelo acordo com o governo foi apertada (41 a 39 votos), os fiscais decidiram exigir uma garantia do governo antes de encerrar a greve. "Só aceitamos de houver uma garantia real do reajuste. Não dá para aceitar acordos que depois podem não ser cumpridos", diz o vice-presidente da associação nacional (Anffa), Wilson de Sá.
A categoria também quer manter a vinculação do percentual de gratificação aos vencimentos básicos. Além disso, rejeita a proposta de equiparação dos salários com especialistas da Anvisa. Sá afirma que a oferta do governo serviu só para justificar o reajuste da categoria sem que fosse aberto um caminho para novas demandas de servidores federais. "Mas a equiparação vira um empecilho no caso de futuras negociações salariais. Não aceitamos de jeito nenhum", afirma. O governo prevê um reajuste de 5,7% para os servidores da Anvisa em 2008 que poderia ser estendida aos fiscais.
Está em jogo a constituição do sindicato da categoria, com o qual os fiscais esperam ampliar filiados e preparar-se para um embate pela reestruturação da carreira.