Redação (05/09/07) – A iniciativa serve para preparar o setor para um futuro de pressões crescentes de mercado – econômicas, mas sobretudo sociais e ambientais – e ameaça de barreiras não-tarifárias.
Composta por 19 associados de peso – CNA (Confederação nacional da Agricultura e Pecuária), Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), Unica (União da indústria de Cana-de-Açúcar), entre outras – a entidade pretende ser um centro de conteúdo e difusão de conhecimento sobre a agroindústria.
"Se não atendermos ao tripé da sustentabilidade ficaremos à margem do mercado a médio e longo prazos", diz Carlo Lovatelli, presidente do Ares e da Abiove. "Sabemos que há problemas. Esse instituto é muito importante para melhorar a imagem do agronegócio".
O melhor exemplo do que se quer evitar no futuro é o boicote à soja proveniente da região amazônica, anunciado por importadores europeus em 2006. Lovatelli lembra as manifestações contra a carne brasileira – Irlanda e Reino Unido questionam o controle sanitário do país. A expansão desenfreada da cana também preocupa ambientalistas e compradores.
"O empresário brasileiro é reativo. Sempre corremos atrás do prejuízo. Agora, vamos nos antecipar", diz Lovatelli. Em até dois meses, o ARES publicará seu primeiro estudo referente a dez temas prioritários, abrangendo de legislação trabalhista a direitos do uso da terra, e relatar como cada setor atua.