Redação (31/08/07) – O crescimento do consumo do Nordeste – a taxas de até 15% ao ano -, a proximidade do mercado externo e o fim da "guerra fiscal" na região fez com que as duas maiores empresas do setor de aves e suínos – Sadia e Perdigão – protocolassem a intenção de investir em Pernambuco, usando os incentivos tributários. "As taxas de crescimento são boas e, além dos incentivos fiscais, há a proximidade para a exportação", avalia o economista Fábio Silveira, da RC Consultores.
De acordo com a carta da Sadia, a empresa teria interesse em construir uma unidade em Vitória de Santo Antão – a empresa confirmou o interesse, mas não definiu valores. Fala-se em algo próximo a R$ 60 milhões. Já a Perdigão estaria interessada em uma unidade de embutidos e outra de lácteos em Bom Conselho – microrregião de Garanhuns, integrante da principal bacia leiteira do estado – com aporte de R$ 180 milhões. Procurada a empresa não confirmou os números.
Segundo fontes do governo daquele estado, as duas empresas protocolaram a carta de intenção agora em agosto porque desde o último dia 15 existe uma nova lei de incentivo. No dia 17, o governado assinou o decreto com a lista das contempladas, que incluem também a GM e a Novartis.
Com essa publicação, fica pré-garantido que elas terão direito aos incentivos pelas regras vigentes à época do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe). A legislação de Pernambuco prevê prazo de 12 anos de incentivo, podendo ser renovado por igual período e crédito presumido de 75% do imposto devido e 95% no caso dos empreendimentos fora da Região Metropolitana. Caso as empresas definam que realmente se estabeleceram no estado, o governo fará a intermediação com os municípios e o Banco do Nordeste para o financiamento.