Redação (30/08/07) – A empresa pediu ao governo, por meio da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), a concessão de benefícios fiscais para a instalação da unidade. A solicitação foi aceita, informou a agência.
Ainda não existe, entretanto, uma data para o início das obras. O objetivo do frigorífico com o pedido foi garantir que terá incentivos ao implantar essa planta em Pernambuco. Isso porque se discute hoje o fim da guerra fiscal entre os Estados brasileiros. Ao já dar entrada na solicitação agora, a Sadia tem como certo que os benefícios serão dados futuramente.
A empresa confirmou, por meio de sua assessoria de comunicação, que apresentou protocolo de intenções sobre a construção da unidade para o governo de Pernambuco, mas informou que nem a cidade nem o valor dos investimentos está definido ainda. Também não informou que itens serão produzidos na unidade. A informação é de que o projeto está "em fase adiantada de estudos".
De acordo com o prefeito de Vitória de Santo Antão, José Aglaíson Queralva (PSB), a Sadia irá investir R$ 60 milhões na construção da unidade na cidade que irá gerar cerca de 700 empregos. "Agora estamos esperando a empresa definir a área que quer ocupar na cidade. Vamos doar o terreno a eles", afirma Queralva.
A Sadia é o segundo frigorífico a pedir ao governo pernambucano a concessão de benefícios fiscais para implantar fábricas no Estado. A Perdigão pediu à AD Diper incentivos para erguer duas fábricas e uma central de distribuição em Bom Conselho, a 287 km do Recife. O investimento deve ser de R$ 180 milhões e a expectativa é de que sejam gerados 900 empregos.
Uma das unidades será usada para a fabricação de derivados de leite, aproveitando a bacia leiteira que existe em Garanhuns. A outra, assim como a da Sadia, fará embutidos de carne.
Além dos benefícios fiscais que Pernambuco se dispõe a conceder, o que as duas empresas concorrentes pretendem com o investimento no Nordeste é ficar mais perto de um mercado consumidor que tem crescido nos últimos anos, principalmente graças ao aumento da renda da população local.
As duas empresas já estão nas regiões Sul e no Centro-Oeste do país. Agora, apostam no Nordeste, que tem atraído investimentos devido ao potencial de crescimento do consumo.