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Confinamento deve crescer 43% este ano

<p>Com esse avanço, o número de animais confinados deve alcançar 1.336.700 animais.</p>

Redação (20/07/07) – Depois de crescer 16,52% em 2006, para 933.967 animais, a expectativa é de que o confinamento de gado bovino nos 50 maiores confinamentos do Brasil cresça mais 43,12% este ano, de acordo com pesquisa da Agripoint Consultoria.

Uma das explicações para o crescimento, diz Miguel Cavalcanti, da AgriPoint, é que "os [confinamentos] muito grandes estão ficando enormes". Ele acrescenta que "alguns estabelecimentos estão triplicando a capacidade para este ano". Segundo o levantamento da Agripoint, em 2006 a capacidade instalada dos 50 maiores confinamentos aumentou 45,86%, para 774.860 animais. Cavalcanti observa que parte do crescimento deve decorrer dos novos projetos que entrarão em operação este ano. 

Um estímulo para a ampliação dos projetos são os bons resultados da atividade, que vive um momento de preços favoráveis, afirma o consultor. A economia de escala e a boa gestão desses estabelecimentos também contribuíram para o desempenho, diz. 

O levantamento mostrou ainda que o Estado com maior número de animais confinados em 2006 foi Goiás, com 48,07% do total de bovinos dos 50 maiores estabelecimentos. No Estado estão os confinamentos do Bertin e da Cotril. A pesquisa também mostrou aumento dos confinamentos no Mato Grosso, que teve 15% do total de animais sob engorda intensiva no ano passado. "O confinamento cresceu bastante por causa da oferta de matéria-prima para alimentação", explica Miguel Cavalcanti. 

O levantamento indicou ainda que em 2006 um percentual de 98% dos 50 maiores rastrearam seus animais e 42% deles se adequaram ao novo Sisbov. Para este ano, 92% das propriedades de aderir ao novo Sisbov. 

Cavalcanti destaca ainda o aumento da utilização de ferramentas como os contratos de boi a termo com os frigoríficos. Em 2006, 20% do volume de animais abatidos (considerando os 50 maiores) foram negociados com essa ferramenta. Para este ano, 38% das unidades confinadoras afirmam que já fecharam esse tipo de contrato com os frigoríficos. 

A pesquisa mostra que houve ganho de produtividade entre os confinamentos graças ao maior uso de tecnologia, avalia Cavalcanti. O peso médio de saída dos animais dos 50 maiores confinamentos em 2006 foi de 502,77 quilos, aumento de 11,54 quilos em relação ao peso dos animais confinados em 2005. O Friboi foi o frigorífico que teve maior fatia nas compras de bois dos 50 maiores, com 28%, seguido por Marfrig (20%), Bertin (10%) e Minerva (8%).