Redação (16/07/07) – O grupo de trabalho, que deixou no fim da tarde o ministério da Agricultura, volta a se reunir na próxima terça-feira, às 14 horas, para buscar uma solução emergencial para o endividamento rural, com objetivo de garantir o acesso aos recursos destinados ao financiamento da safra 2007/08.
O grupo estuda a renegociação dos custeios prorrogados das safras 2003/04, 2004/05, 2005/06, que somam R$ 1,8 bilhão, e de R$ 5,2 bilhões de investimentos que vencem este ano, para poder liberar os limites de crédito e garantias dos produtores na atual safra. Do total de custeio, R$ 1,6 bilhão refere-se aos débitos junto ao Banco de Brasil e R$ 200 milhões com os bancos privados.
Os membros da comissão receberam ontem, no final da tarde, nova proposta do governo que estipula o pagamento mínimo entre 30% e 70% das parcelas com vencimento neste ano e prorrogação do valor restante para um ano após o vencimento da última parcela do financiamento, para as culturas de algodão, arroz, milho e soja. Os parlamentares não aceitam esta oferta e querem retirar a obrigatoriedade do pagamento mínimo.
Outro ponto de discordância é o percentual do bônus para os produtores que decidirem pagar as parcelas que vencem neste ano: os parlamentares pedem 32%, mas a proposta do governo é de 15%. A bancada pretende fechar uma proposta até o dia 13 de julho, antes do início do recesso parlamentar.