Redação (12/07/07) – Incentivar produtores brasileiros a ingressar no mercado internacional é a principal missão do IX AgroEx, Seminário do Agronegócio para a Exportação, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta quinta-feira, 12, em Ribeirão Preto, São Paulo. O encontro tem o objetivo de divulgar ferramentas de auxílio ao comércio exterior e mostrar como a integração entre os agentes da cadeia produtiva pode beneficiar os negócios. Até o fim do ano, serão realizados mais seis seminários como este, em diferentes regiões do país.
“Queremos motivar o agronegócio local para exportação. O objetivo é mostrar as oportunidades e desafios do mercado internacional, alternativas de organização da produção e instrumentos de apoio ao exportador”, explica o secretário de Relações Internacionais do Agronegonegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto. Segundo o coordenador do Núcleo de Integração para Exportação do Mapa, Daniel Amin Ferraz, “no encontro, produtores, associações, sindicatos e indústrias do agronegócio têm a oportunidade de conhecer mecanismos capazes de aumentar a competitividade individual das empresas e de toda a cadeia produtiva”.
No programa do seminário, os participantes também terão palestras sobre os casos de sucesso do Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla) e sobre a Cooperativa dos Agropecuaristas Solidários (Coagrosol).
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Obter informações sobre como exportar, no entanto, é apenas o primeiro passo rumo ao mercado internacional. Ações para reunir parceiros, gerar escala e uniformizar a produção também são fundamentais para ter sucesso com exportações. “Os produtores devem ser capazes de aproximar produção, industrialização e distribuição, tudo feito de forma contratual”, explica Ferraz. “Dessa forma, as relações entre os agentes da cadeia produtiva ganham segurança jurídica e previsibilidade. Só assim as empresas podem aumentar seu potencial de receber investimentos”.
Todos ganham – A dificuldade de entrar no mercado internacional é um dos fatores que explica a concentração das exportações brasileiras num número reduzido de empresas. De acordo com o Sebrae, apenas 18 mil empresas brasileiras exportam, um valor baixo se comparado a países como a Itália, em que o número chega a 150 mil. No Brasil, as pequenas e médias empresas estão ainda mais distantes do mercado externo. Elas são responsáveis por apenas 10% das exportações, de acordo com o Sebrae. “A entrada de mais empresas no mercado internacional traz inúmeros benefícios: melhor distribuição de renda, fortalecimento das empresas e aumento da renda das regiões”, resume o diretor de Promoção Internacional do Agronegócio do Mapa, Eduardo Sampaio Marques.
O IX AgroEx contará com a presença do secretário de Relações Internacionais do Mapa, Célio Porto, e será realizado com o apoio da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), Banco do Brasil, Sebrae (Ribeirão Preto), Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto (Abagrp), Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp-Senar), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp-Ciesp), Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Este ano, o AgroEx também será realizado nas cidades de Barreiras (BA), Porto Velho (RO), Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS), Natal (RN) e Goiânia (GO).
Exportações no estado de São Paulo
De acordo com dados da Secretaria de Relações Internacionais do Mapa, o estado de São Paulo foi responsável por 27,7% das exportações brasileiras do agronegócio em 2006. No triênio 2004-2006, os principais produtos do agronegócio exportados foram açúcar em estado bruto (14,7%), açúcar refinado (12%), carne bovina in natura (11,7%) e sucos de laranja (10,4%).
No primeiro semestre de 2007, 28,84% das exportações do agronegócio de São Paulo foram de produtos do complexo sucroalcooleiro, o correspondente a US$ 2 bilhões. Em segundo lugar em valor exportado está o complexo carnes, com US$ 1,3 bilhão.
Em 2006, o município de Ribeirão Preto exportou aproximadamente US$ 4 milhões, com 0,87% de participação nas exportações totais de São Paulo.
