Redação (26/06/07) – O Plano de Safra deve ser submetido ao Conselho Monetário Nacional (CMN), cuja reunião está prevista também para amanhã.
Para o setor agrícola, a definição do Plano de Safra vem em cima da hora, uma vez que o início oficial do plantio é em 1º de julho. No ano passado, o Governo conseguiu divulgar o plano ainda em maio, o que permitiu, na avaliação de fontes do setor, um melhor planejamento da produção pelos agricultores.
Para o Plano 2007/08, as negociações têm sido intensas e vêm sendo conduzidas por grupo de trabalho que inclui representantes e técnicos dos ministérios da Agricultura e da Fazenda, membros da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados e técnicos da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, tem mantido reuniões com a bancada ruralista na Câmara e Senado e com dirigentes de entidades do setor. Para pressionar o Governo a tomar uma decisão rápida e identificada com as reivindicações do setor, a bancada ruralista terá na próxima semana encontro com o ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia. Também marcou para hoje, um café da manhã com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
A expectativa do setor agrícola é de que o Plano de Safra contemple a redução da taxa de juros e a ampliação de recursos de financiamento e custeio da safra. O Plano da Safra passada previu recursos de R$ 50 bilhões. Para este ano, a expectativa do setor é de que haja ampliação de 15% no volume dos recursos. A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defende a liberação de R$ 90 bilhões para o financiamento do custeio, comercialização e investimento da safra 2007/08.
Permanece indefinida a questão dos juros dos financiamentos. O setor espera um corte na taxa – de 8,75% para 4,5%, como mostra documento com propostas apresentadas a Stephanes pela CNA –, mas o Governo acena com corte de um a dois pontos porcentuais. O argumento dos produtores é de que o juro deveria acompanhar a tendência de queda na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) que, de junho de 1997 até junho de 2007, teve variação negativa de 44,15%.