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Abate de avestruzes em MS

<p>Começou a funcionar em Mato Grosso do Sul um frigorífico para processar a carne de avestruz. O Estado tem nove mil aves e o abate mais perto das propriedades representa economia para os criadores.</p>

Redação AI (25/06/07) – Os futuros filhotes chegam ao incubatório no cair da noite, onde ficam aquecidos dentro de equipamentos.

Os ovos são monitorados por especialistas – é assim por 41 dias. Na hora do nascimento, aqueles que ainda não conseguiram quebrar a casca recebem uma ajudinha. “Os ovos que não abrem sozinhos com 42 dias são abertos por nós para tirar os filhotes. Eles ficam numa temperatura de 35ºC e 40% de umidade”, comenta uma funcionária.

Cada fêmea de avestruz bota, em média, 40 ovos. Para que o avestruz chegue ao ponto de abate são necessários de dez a 14 meses. A alimentação durante esse período é à base de ração.

O criador Manoel Assunção está fazendo o terceiro embarque. O manejo nem sempre é fácil.

Com os olhos vendados, os avestruzes são colocados num caminhão. Dessa forma, os funcionários da fazenda conseguem guiar os animais.

O ideal é abater o avestruz quando a ave está entre 90 e cem quilos. Com a viabilidade do abate no Estado, os produtores querem investir em tecnologia de produção para diminuir os custos e ter mais precocidade. “Nós estivemos na África e vimos que eles estão tentando abater o animal em sete meses, sendo que hoje já abatem com nove meses. Isso faz otimizar, diminuir custo”, diz Manoel.

O abate do avestruz é feito pelo choque elétrico. É mais rápido e não produz sofrimento. As penas são retiradas manualmente. Elas serão utilizadas principalmente no mercado brasileiro na confecção de fantasias, que ainda hoje busca plumas no mercado externo. O Brasil utiliza 40 toneladas por ano.

O couro também é um subproduto da ave. A carne está sendo comercializada no mercado interno nos grandes centros, mas o foco é a exportação.

Até setembro, a expectativa é exportar a carne de avestruz. Hoje o maior exportador é a África do Sul. Por questões sanitárias, o principal comprador – a União Européia – não está mais consumindo a carne de lá. É a hora de o Brasil aproveitar a oportunidade de mercado.

Para começar a exportar só depende da certificação do Plano Nacional de Controle de Resíduos, que é definido pelo Ministério da Agricultura.

Em 2005, o Brasil abateu 1.700 avestruzes. Em 2006, foram 14.300 animais.