Redação (15/06/07) – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou para cima a previsão da safra 2007.
A estimativa anterior, relativa a abril, era 2,2% menor e apontava uma colheita de 132,3 milhões de toneladas. Neuton Alves Rocha, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) disse que o resultado recorde deste ano está garantido, ultrapassando de longe a marca anterior, de 2003 quando chegou a 123,6 milhões de toneladas.
Todas as estimativas divulgadas pelo instituto para a safra atual foram revisadas para cima. Mas Rocha avisa que a previsão divulgada ontem “com certeza” será revisada para baixo na estimativa de junho. Segundo ele, a revisão não será significativa e resultará das estiagens que localizadas em Mato Grosso e das geadas no Paraná, ambas prejudicando um pouco a produção do milho 2ª safra.
No caso do trigo, outra cultura de inverno, Rocha disse que as baixas temperaturas beneficiam a produção mas, ainda assim, podem ocorrer problemas com as geadas previstas para julho e agosto. No País, a produção em toneladas, segundo a estimativa de maio, ficará distribuída da seguinte forma: Região Sul, 60,5 milhões; Centro-Oeste, 44,5 milhões; Sudeste, 16,0 milhões; Nordeste, 11 0 milhões e Norte com 3,0 milhões.
Milho e soja, juntos, responderão por 80% da safra. A área plantada, segundo a estimativa de maio, é 0,2% maior do que a colhida no ano passado, com cerca de 45,6 milhões de hectares. Entre os produtos destacam-se a soja, com 20,5 milhões de hectares, e o milho 1ª safra, com 9,4 milhões de hectares em 2007.
Da estimativa de abril para a de maio, as revisões para cima na safra ocorreram no café em grão (2,3%), milho em grão 2ª safra (7,5%), soja em grão (2,3%) e trigo em grão (6,6%). ESTOQUES O IBGE também divulgou hoje a Pesquisa de Estoques relativa ao segundo semestre de 2006, que revelou que 12,8 milhões de toneladas estavam armazenadas no País no final do ano passado.
O chefe da coordenação de agropecuária, Flavio Bolliger disse que esse é um patamar histórico, mas alerta que há má distribuição de armazenagem no Brasil. “A rede armazenadora é mal distribuída em relação à produção atual. No Centro-Oeste, por exemplo, a produção é crescente e o armazenamento não segue o mesmo ritmo”, disse.