Redação AI (13/06/07) – Há ao menos uma dúzia de boas razões pelas quais as pessoas podem – e devem – consumir mais ovos. Algumas delas: os ovos são alimentos versáteis, excelentes fontes de proteína e nutrientes importantes ao organismo. Além disso, possuem ácidos graxos essenciais, são simples de fazer e, cá entre nós, são deliciosos. Isso sem contar que o ovo é um alimento de baixo custo e também essencial para a dieta humana.
No entanto, nem a qualidade do ponto de vista nutricional nem o preço bastante razoável dão os ovos a mesma preferência do consumidor brasileiro que às carnes, especialmente de frangos e bovina. Apesar de ser o sétimo maior produtor do mundo, com 26 bilhões de unidades/ano, a média per capita de consumo de ovos é de 141 unidades, segundo dados da União Brasileira de Avicultura (UBA). Isso é três vezes menos que a demanda no México com mais de 360 unidades, seguido pelo Japão (347) e a China (310)
Por que isso ocorre? Seria por causa do receio deste alimento ser fonte perigosa de colesterol? Pode ser, mas já passou da hora desse mito ser sepultado. Afinal, estudos feitos em várias partes do mundo comprovam que, ainda que o nível de colesterol seja um pouco maior de 200 mg (o total recomendado por dia é de menos de 300 mg), somente 25% da gordura total (toda a gordura está na gema) é saturada. Além disso, o ovo é considerado pela Organização Mundial de Saúde um alimento de proteína padrão e de alto valor biológico, já que sua composição também é fonte de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), vitaminas do Complexo B, incluindo a B12, minerais (ferro, fósforo, manganês, potássio e sódio).
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E mais: há estudos que comprovam os benefícios do consumo de ovos enriquecidos com selênio para prevenção do mal de Alzheimer. Além disso, pesquisas apresentadas no recente Simpósio Científico Internacional de Ovos e Saúde Humana atestam que a gema do ovo pode ser utilizada na alimentação de crianças de até seis meses de idade como importante fonte de ferro. Isso não é tudo: há também trabalhos que mostram que adolescentes consumidores regulares de ovos têm menores chances de desenvolver câncer de mama e de ser acometidos por Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Ovo não é um alimento essencial apenas no sentido nutricional. Consumir ovos é bom também para o País, pois a avicultura de postura é uma das atividades do agronegócio com grande potencial de desenvolvimento tanto no mercado interno como no externo. Sem dizer que gera centenas de milhares de empregos no campo. Então, vamos trabalhar juntos para mudar a realidade atual e dar ao ovo a importância que esse alimento diferenciado merece.
* Clovis Oliveira é diretor de Avicultura da Merial Saúde Animal.
