Redação (11/06/07) – Mais do que o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, que será anunciado pelo IBGE na quarta, o mercado financeiro aguarda com ansiedade a quinta-feira, quando o Banco Central divulgará a ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que decidiu reduzir, por cinco votos a dois, os juros de 12,5% para 12% ao ano.
Além das projeções de aumento nos preços administrados, os investidores querem saber se os dois diretores que "mudaram de lado" -na reunião anterior, o placar pelo corte de 0,5 ponto ficou em três a quatro- estão mais confiantes em que a demanda aquecida não implique aumento da inflação. Outra dúvida é se o cenário externo, até a quarta-feira benigno, pesou mais na decisão do que as projeções de inflação.
"A ata vai mostrar o cenário prospectivo e dará uma indicação para o futuro da inflação. Será uma ata parecida com a última. Dirá o quanto os dois membros que votaram por um corte de 0,25 ponto estão preocupados com a demanda aquecida", diz Flavio Serrano, economista da López León.
"A ata tem o potencial de modificar as projeções do mercado. No comunicado, o BC deixou claro que pode abandonar a qualquer momento o corte de 0,5 ponto e voltar a reduzir o juro em 0,25. A ata vai dar o tom para a próxima reunião", diz André Ng, da Infinity Asset.