Redação AI (29/05/07) – Segundo Antônio Carlos Paraguassú, Gerente de Produção da Hy-Line do Brasil, a forma pela qual se escolhe pelo monitoramento e controle dos números pode variar muito, porém o que se deseja é que os números sejam confiáveis e que possam transmitir informações relevantes e que possam gerar ações. “É importante ter em mente que não se gerencia aquilo que não se mede e que gerenciar significa interferir na “inércia” do sistema organizacional e alterar seu curso no sentido da obtenção do sucesso, da maneira mais rápida e econômica”, explicou.
Segundo ele, controles devidamente preenchidos em simples planilhas de Excel podem fornecer mais informações do que sofisticados “softwares” de controle de produção quando mal utilizados. “Os indicadores devem ser preenchidos próximo ao local de onde se observa o dado, quer seja de produção, consumo de ração, mortalidade, etc. O devido treinamento dos colaboradores para esta tarefa é fundamental para garantir a acuracidade das informações”, destacou.
Os ítens mais representativos em custo ou rentabilidade devem ser observados com mais rigor. “Desta forma, a produção de ovos e o consumo de ração são os principais, em função de que em tese, o processo de produção de ovos é uma transformação de alimento de baixo valor (ração) em alimento de alto valor nutricional (ovos). A mortalidade e a análise de densidade, como “diluidor” de custo fixo também deve ser avaliado”, explicou Antônio Carlos Paraguassú.
Sempre através da comparação das metas com o que está sendo alcançado é possível avaliar que a produção poderia dar mais lucro. “A principal função de um “gerente” é atingir metas pré-estabelecidas de acordo com os interesses da organização, mas para que possamos estabelecê-las, e principalmente, cumpri-las, é necessário que estejamos “medindo” tudo que seja relevante”, destacou. “O lucro deve ser uma das metas claras de qualquer empresa de produção de ovos. O não cumprimento destas metas é a principal maneira de estabelecer que estamos perdendo capacidade de geração de lucro. Estes fatores estão normalmente relacionados com os mesmos sinais de desperdício e resultados zootécnicos (zooeconômicos) insuficientes”, disse.
Quando elegemos um ítem principal para ser considerado em termos de avaliação e rentabilidade, este deve ser a ração, em função da sua representatividade em custo. “Fatores comerciais também são muito importantes, quando se trata de perdas econômicas, porém dentro da produção podemos buscar muitos aspectos que também podem ser elencados, tais como: a conversão (eficiência) alimentar (relacionado a ração), a qualidade da casca do ovo, que pode causar grandes perdas em função da classificação ou de rejeição pelo mercado e os desafios de agentes patogênicos indesejáveis, que podem causar perdas econômicas muito expressivas”, explicou.
O treinamento e capacitação dos colaboradores também são fundamentais no processo de otimização de resultados. “Através de profissionais capacitados podemos desenvolver métodos de Sistema de Gestão e Controle, associados a Sistemas de Qualidade, que podem vir a garantir a prevenção de perdas, bem como o desenvolvimento de procedimentos e técnicas para maximizar o ganho”, diz. “Seria difícil precisar qual a exata participação do treinamento neste processo, porém é possível precisar este o ítem de maior importância”, destacou Antônio Carlos Paraguassú, Gerente de Produção da Hy-Line do Brasil.