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Reflexos da baixa do dólar

<p>A colheita de soja está praticamente finalizada em Mato Grosso do Sul. Boa parte dos agricultores optou pela venda antecipada de parte da safra.</p>

Redação (11/04/07) – Quem fez contratos baseados no dólar agora sofre com a desvalorização da moeda norte-americana.

A colheita da safra de verão está na reta final em Mato Grosso do Sul. Segundo os técnicos, mais de 90% das lavouras de soja já saíram do campo e pelo menos 40% estavam comercializadas antes mesmo do plantio.

Sem crédito de financiamento a alternativa encontrada por muitos produtores para o plantio de soja é a compra de pacotes direto das cooperativas. Uma modalidade em que as empresas fornecem os insumos para o cultivo e negociam os pagamentos futuros em contratos.

O agricultor José Boniatti negociou 10% da lavoura para comprar sementes, defensivos e adubo. O pagamento foi acertado em sacas de soja. O produtor ainda fez um outro contrato futuro no meio do ano passado num preço fixado a US$ 12, mas como a moeda americana se desvalorizou, para ele a modalidade representou prejuízo. “Não deu lucro, mas também não dá para adivinhar. Se você olhar no passado US$ 12 era um excelente preço, mas como nós não temos uma política definida, como nós estamos num país onde você não sabe o que vai acontecer amanhã, mais uma vez foi perdido”, lamenta.

O agricultor Darci Decian também vendeu soja por contratos antecipados, porém com entrega a curto prazo para diminuir os riscos. Ele negociou 40% da soja entre fevereiro e março deste ano, conseguiu melhores preços e garantiu uma média de R$ 27,50 por saca. “Os contratos realizados a curto prazo, em dez ou 15 dias, foi onde a gente conseguiu realizar os melhores negócios”, conta Darci.

Nesta terça-feira o dólar fechou a R$ 2,02. Segundo a Conab, Mato Grosso do Sul deve produzir nesta safra 4,9 milhões de toneladas de soja.