Redação (08/03/07) – O projeto, que conta também com uma fábrica de ração e um centro de pesquisa e treinamento, foi iniciado por investidores e políticos de Maringá e ganhou a adesão da Globoaves, de Cascavel. A previsão é que as obras estejam concluídas em dezembro e a operação da unidade seja iniciada em fevereiro de 2008.
No mês passado os sócios assinaram com o BNDES contrato que prevê financiamento de R$ 22,7 milhões para o projeto. O restante será bancado com recursos próprios, segundo o vice-presidente da Frangobras, Reinaldo Morais, que esteve ontem em Curitiba para participar da Ave Expo 2007, feira que reúne empresas e especialistas do segmento.
Morais, que é gerente de vendas da Poli-Nutri, fabricante de nutrição animal, é dono de 25% da nova empresa. A Globoaves, segundo ele, tem mais 25% das ações. Os outros 50% estão divididos entre três sócios, entre eles o presidente da Frangobras, Edmar Arruda, que é ex-vereador e chegou a ser candidato à prefeitura de Maringá em 2004. Morais também é político e participou da mesma chapa como candidato a vice-prefeito. Os dois chegaram a cogitar a possibilidade de serem candidatos a deputado nas últimas eleições pelo PPS, mas desistiram sob a alegação de que terão de se dedicar à Frangobras.
A decisão de criar a empresa foi tomada em 2004. A primeira cidade escolhida para a instalação do abatedouro foi Maringá, mas o grupo não conseguiu a liberação do local escolhido, por ser próximo ao aeroporto. Em 2005 foi feita a opção por Campo Mourão, a 90 quilômetros de Maringá e grande produtor de grãos. A prefeitura informou que ofereceu incentivos, como o terreno de 50 alqueires e a terraplanagem.
A produção da Frangobras será voltada à exportação. O complexo terá 30 mil metros quadrados de área construída. A expectativa é que em 2007 sejam feitos 50 aviários, com 2,1 mil metros quadrados cada. Em 2008 serão erguidos mais 100 e a mesma quantidade deve ser construída em 2009. As negociações com os integrados estão em andamento e resultarão na diversificação da renda dos agricultores locais.
O vice-presidente adiantou que a obra em andamento já contempla a futura duplicação da planta. Segundo ele, a parceria com a Globoaves deverá facilitar a venda dos produtos. Na primeira fase serão negociados embarques de frangos inteiros e cortes. A industrialização está prevista para a segunda fase do projeto. Deverão ser gerados 800 empregos diretos e cerca de oito mil indiretos. O retorno do investimento está previsto para cinco anos após o início dos abates.