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Furlan quer menos protecionismo do governo japonês na área agrícola

<p>Essa mudança seria importante e uma percepção da oportunidade e não apenas uma visão defensiva no seu mercado doméstico, afirma Luiz Fernando Furlan.</p><p></p>

Redação (07/03/07) – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, defendeu hoje (6) que o Japão seja menos protecionista no campo agrícola para conseguir evoluir nas relações comerciais com o Brasil. O ministro lembrou que o Japão faz parte da coalizão dos países protecionistas que criou obstáculos para Rodada de Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC).

O ministro observou que hoje para o Brasil e o Japão o mercado da China é mais importante comercialmente. Lembrou que cada um têm prioridades diferentes, mas que é preciso um esforço comum para que haja maior aproveitamento das oportunidades entre Brasil e Japão.

“Hoje para o Brasil a América Latina é um mercado muito mais importante do que o mercado japonês. Também é um movimento que veio de acordos comerciais nos últimos anos. Portanto seria muito importante que houvesse uma movimentação mais rápida de um acordo comercial entre Japão e o Mercosul”, disse Furlan.

Segundo Furlan, o Japão têm planos para adoção do etanol a partir de 2010, mas o país teme problemas de fornecimento em longo prazo. "A preocupação japonesa é que eles adotem uma política de introdução do etanol e não haja nenhum tipo de racionamento ou dificuldade logística ou de abastecimento. Então esses três anos, de 2007 a 2010, deverão ser muito ricos em investimentos, de maneira que no momento que o Japão adotar a mistura do etanol haja um abastecimento assegurado com uma equação de preços a longo prazo”, explicou.

Segundo o ministro, o mercado japonês pretende misturar inicialmente 3% de etanol, o que deverá totalizar 1,8 bilhão de litros por ano, aproximadamente metade da exportação brasileira do ano passado. A exportação brasileira hoje é de 3,5 bilhões de litros por ano. O ministro Furlan acredita que em 2010 o Japão poderá representar um quarto da exportação brasileira de etanol.

Furlan participou hoje (6) da abertura da 12ª Reunião Conjunta do Comitê Econômico Brasil-Japão, promovido pela Confederação Nacional da Indústria  (CNI) e pela confederação japonesa Nippon Keidanren.