Redação (06/03/07) – O ministro, Luís Carlos Guedes Pinto, disse nessa segunda-feira (05-03) em São Paulo que a pasta iniciará o ano com orçamento de R$ 816 milhões para gastos operacionais. Inicialmente, os recursos eram de cerca de R$ 950 milhões. Os valores ainda não foram detalhados, mas a estimativa é que uma das áreas prejudicadas seja a defesa sanitária.
A oposição alfineta o governo. O deputado Ronaldo Caiado (PFL), ex-presidente da Comissão de Agricultura, disse que o corte de 20% no orçamento mostra quanto o ministério está "desprestigiado’’ em relação às demais pastas. O ministro acredita que no fim do ano o orçamento será recomposto, a exemplo do ocorrido em 2006, quando 99,8% do orçamento de R$ 1,05 bilhão foi executado.
Conforme o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Alves Maciel, com certeza haverá contigenciamento no orçamento da defesa sanitária . "Se está havendo contigenciamento dos recursos do ministério isso servirá para todas as áreas’’, disse.
Segundo o secretário, é normal ocorrer corte no orçamento no início do ano. "Só que quando chega no fim do ano os recursos são liberados acima do previsto inicialmente devido à arrecadação de impostos federais’’, declara. Maciel ainda não sabe qual será o corte nos recursos destinados à defesa sanitária. Acrescenta que o contigenciamento por setor será detalhado nesta semana.
Para Caiado, o corte do orçamento compromete o setor, principalmente a pecuária. "A febre aftosa reincidiu no governo Lula, algo que não existia há muitos anos’’, disse o parlamentar. Segundo ele, o orçamento para a agricultura sempre fica muito aquém do necessário, tanto para o controle sanitário quanto para a agricultura. Seriam necessários R$ 500 milhões no mínimo para atender apenas a defesa sanitária.