Redação (08/02/07) – A agroindústria brasileira cresceu 1,6% em 2006, revertendo a queda verificada em 2005 (-1,0%), mas ficando abaixo do crescimento de 2,8% registrado pela indústria nacional no ano, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o documento de divulgação do instituto – entrevista sobre a pesquisa só será concedida na tarde de hoje – o resultado foi influenciado positivamente “pelas melhores condições climáticas em 2006, em relação a 2005 (ano de forte estiagem sobretudo no Sul)”. O clima favoreceu a expansão de 3,4% em 2006, nos setores vinculados à agricultura – que têm maior peso na agroindústria – impulsionada pelo crescimento dos derivados de cana-de-açúcar, celulose e fumo.
Por sua vez, houve recuo no ano nos segmentos associados à pecuária (-0,8%), “influenciado pela queda nas exportações de frangos em razão da gripe das aves”. Segundo o IBGE, outros fatores que contribuíram negativamente para a agroindústria foram a valorização cambial, que reduziu exportações de máquinas e equipamentos agrícolas, o aumento dos custos de produção e a queda no preço internacional da soja.
Em bases trimestrais, a agroindústria apresentou resultados positivos nos quatro trimestres do ano, na comparação com iguais trimestres do ano anterior. No primeiro trimestre cresceu 1,6%, no segundo desacelerou (0,8%), atingiu sua maior taxa no terceiro (2,9%), voltando a desacelerar no último trimestre de 2006 (0,8%).