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Sadia e Perdigão têm alta de 7% em 2 dias

<p>Em um dia de alta volatilidade do mercado brasileiro, que alternou entre o campo positivo e o negativo em vários momentos, as ações de alimentos mais uma vez foram um foco de atenção.</p>

Redação (23/11/06) – Depois de subirem 4% na terça-feira, as ações preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Sadia passaram o pregão inteiro de ontem em alta de pelo menos 1%. No fim dos negócios, novas ordens de compra colocaram ainda mais lenha nessa fogueira e os papéis encerraram com valorização de 3,23%. A saga das ordinárias (ONs, com direito a voto) da Perdigão foi ainda mais surpreendente. Elas chegaram a cair ontem, mas no fim do pregão fecharam em alta considerável de 2%. Em apenas dois dias, os papéis das duas companhias já acumulam alta de 7,36% no caso da Sadia e 7,64%, de Perdigão.

Com essa alta sincronizada, o mercado chegou a ventilar que a fusão de Sadia e Perdigão poderia ter sido retirada da gaveta. Mas fontes envolvidas na oferta de compra hostil da Sadia pela Perdigão, em julho, afirmam com convicção que o projeto foi abortado, com chances remotíssimas de ser ressuscitado, pelo menos nos mesmos moldes, que foi uma oferta de compra das ações da Perdigão que estão disponíveis no mercado.

Algumas corretoras lideram com folga as ordens de compras dessas ações nos últimos dias. Entre elas estão instituições bastante atuantes entre os investidores estrangeiros, o que se conclui que as ordens internacionais estão contribuindo para essa puxada nos papéis.

No caso da Sadia, desde o dia 17, a corretora do banco Credit Suisse vem liderando com compras que totalizam cerca de 1,5 milhão de ações, seguida pela BES Securities, com 1,1 milhão. Sozinhas, as duas representam quase 40% de todas as ordens de compra nesses dias. Mais lá embaixo no ranking estão as corretoras do Morgan Stanley, com compras de 386 mil, do Brascan, com 367 mil, e a do banco alemão Deutsche, com 351 mil. Já em Perdigão, a corretora do Credit Suisse lidera com folga e já comprou, desde o dia 17, cerca de 972 mil ações.

Os grandes investidores estrangeiros costumam comprar ações aos poucos para não mexer muito nos preços. Portanto, o que se espera são novos dias de compra e de valorizações desses papéis.

Pelo lado do fundamento, há motivos para a valorização das ações de alimentos. No mercado internacional, o preço do frango vem se recuperando, com o temor muito menor da gripe aviaria, lembra o analista da corretora Geração Futuro Rafael Weber. O preço da soja e do milho estão subindo, mas longe de chegar em suas máximas e assim prejudicar as contas dessas empresas. Já internamente, a expectativa de um Natal gordo, com a melhora da renda da população, também contribui para a alta desses papéis.

Muito próximo do pico

Apesar de todo o sobe-e-desce que marcou o pregão de ontem, o Índice Bovespa (Ibovespa) fechou em alta de 0,82% aos 41.912 pontos, a segunda melhor pontuação da sua história, perdendo apenas para o dia 9 de maio, quando o indicador fechou a 41.979 pontos. Esse comportamento reforça a tese dos fundamentalistas de que o Ibovespa caminha a passos largos para ultrapassar os 42 mil pontos. Para o analista independente Jayme Ghitnick, os gráficos mostram que essa alta valorização faz parte de um grande movimento que começou em outubro de 2002 e pode ir até o ano de 2008 adentro. “Essa é uma terceira onda do mercado e que tradicionalmente costuma ser bem maior que as outras, que normalmente duram cerca de 50 meses”, diz ele. As ações da Brasil Ecodiesel estrearam hoje na Bovespa oferecendo fortes emoções aos investidores. Elas chegaram a subir mais de 7%, depois caíram mais de 1% e fecharam cotadas a R$ 11,90 com pequena queda de 0,83% frente ao preço de venda, de R$ 12.