Redação (21/11/06) – Estimativas do setor são de que, no ano que vem, o País possa comercializar com o exterior mais que as 4 milhões de toneladas previstas para 2006.
Segundo dados da consultoria Céleres, já há negócios realizados para a entrega em agosto e setembro de 2007. O analista Leonardo Sologuren relata ainda que alguns navios estão sendo fechados para entrega em abril e maio. “O fato de começar o ano com exportação ativa indica que vamos ser bastante ativos. No próximo ano já vamos exportar por necessidade de mercado”, destacou Sologuren, prevendo que o governo não precisará apoiar com tanta agressividade a venda externa como ocorreu neste ano.
Segundo Sologuren, “o cenário no mercado internacional é bastante interessante”, com os Estados Unidos comprometendo uma parte do excedente de exportação para produzir etanol. De acordo com o analista da Céleres, aquele país deve deixar de exportar 2 milhões de toneladas, e isso abre espaço para o Brasil começar a ocupar uma parcela no mercado internacional. O drástico aumento da demanda por milho nos Estados Unidos, provocado pelo vertiginoso crescimento da indústria de etanol, tem sido o principal fator para a elevação dos preços internacionais, que devolveram a competitividade ao milho brasileiro.
As exportações do Brasil até novembro somam 3,56 milhões de toneladas, ante 1,05 milhão de toneladas em 2005.Neste ano, em um primeiro momento, as exportações foram impulsionadas pelos leilões de prêmio de escoamento do governo (PEP), que garantiram um preço mínimo aos produtores e ao mesmo tempo subsidiaram o transporte da mercadoria até o porto.