Redação (01/11/06) – Os supermercadistas enfatizam que as exportações e a baixa oferta de animais em pé nesta época do ano causaram o aumento do preço da carne bovina.
Os empresários do setor acreditam que até o final de outubro a escassez da oferta de animais deve ser resolvida. A situação, entretanto, pode prolongar-se um pouco mais, devido à exportação do produto.
Assim como no Paraguai, o consumo de carne de frango na Argentina vem crescendo, devido ao aumento no preço da carne bovina. Os argentinos estão consumindo frango duas vezes por semana. Antes o consumo era de uma vez por semana. O incremento também é devido ao aumento do preço das carnes vermelhas.
Empresários do setor enfrentam, neste instante, impasse com o governo, que quer manter o teto de quatro pesos (perto de R$2,80/kg) como preço final para o consumidor em 2007. O presidente do Centro das Empresas Processadoras Avícolas (CEPA), Roberto Domenech esclarece que desde março de 2005, o setor cumpre o compromisso de não aumentar o preço do frango.
O acordo estabelece um teto de 2,70 pesos mais IVA por quilo de frango, o que resulta no preço final de quatro pesos para o consumidor. Mas o setor alega que vem sendo difícil segurar esse congelamento por muito mais tempo, pois o principal insumo avícola, o milho, registrou desde março de 2005 um aumento de 47% no preço.
A exemplo do que ocorre nos dois países do Mercosul, no Brasil o preço da carne bovina também sobe já que nos encaminhamos para o auge da entressafra. Neste momento, os pecuaristas já abateram todo o gado confinado e o boi de pasto ainda não está bom para ser abatido (porque não está chovendo). Não é por menos que agora ganham espaço as carnes ditas alternativas, como a suína (cujos preços estão estáveis há cerca de seis meses), peixes e frango.